Ameslari transforma sentimentos em canções durante a pandemia

São tempos difíceis para os sonhadores, mas cantor de 23 anos segue exercendo sua sensibilidade

Por: Beatriz Viana  -  10/02/21  -  13:34
Músico, de 23 anos, natural de Ribeirão Preto, trabalha com música há meia década
Músico, de 23 anos, natural de Ribeirão Preto, trabalha com música há meia década   Foto: Rafael Vilas Boas/divulgação

Em um ano desafiador, libertar seus sentimentos é um exercício cada vez maior de sensibilidade. Por isso, Ameslari, um “sonhador” até no nome (significado de sua alcunha, em basco), fez da música uma forma de comunicação diante de uma realidade cada vez mais distante e solitária.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


O músico de 23 anos, natural de Ribeirão Preto, trabalha com música há meia década. Durante a pandemia, lançou dois singles: Everything At Once e The Heart. Ambos farão parte de um EP que ainda não tem data de lançamento prevista.


A mais recente, The Heart, foi escrita em 2018, mas acabou servindo como um retrato cristalino das amarguras de uma vida em quarentena. “Eu escrevi pensando em falar sobre sentimentos e como eles são uma coisa difícil, poderosa, que a gente de fato não consegue lidar ou controlar tão bem”, conta Ameslari. “São sentimentos muito naturais que todo mundo passa de alguma forma e que têm surgido ainda mais neste período”.


De tudo um pouco


Entre múltiplas influências musicais, a faixa embala um estilo vintage de rock britânico. Porém, é impossível reduzir as criações do compositor a um estilo único. “Eu escuto de tudo. Cresci com Beatles, Elton John, talvez até dê pra traçar uma conexão com esses artistas. Ouço desde brit rock até metal, música japonesa, bandas catalãs, samba, as coisas mais variadas que você puder pensar (risos). Se você olha meu Spotify, é a coisa mais diversa: vai encontrar de Dream Theater a Paulinho da Viola, Pink Floyd, Lady Gaga e pop japonês”, brinca.


A “briga” contra os rótulos na música permitiu que Ameslari mergulhasse na versatilidade. “Já fiz pop, eletrônica, trance, metal, progressivo, coisas variadas. Gosto de artistas que não têm medo de fazer coisas diferentes e experimentar”.


Paixões


Outra forma de arte que figura entre as paixões de Ameslari é o futebol. Passado de pai para filho, o amor vai do jogo até uma coleção de camisas esportivas. “Acho um esporte que não tem outro igual. Meu pai é camisa 10, criativo, jogava muito; Infelizmente, não puxei isso dele (risos)”. Ele começou a estudar idiomas para aprender a pronunciar os nomes de jogadores estrangeiros. Por fim, acabou optando por escrever músicas em inglês.


“O mais importante de você aprender qualquer língua é conseguir conversar, se comunicar. Meu processo de composição sempre fluiu melhor em inglês, mas tudo depende do que funciona dentro de cada música”. Desde então, estuda por conta própria vários idiomas. “Como sou nerd de línguas, penso em cantar em várias diferentes, misturar palavras e tal”. O artista está aprendendo japonês e entende espanhol e catalão, idiomas que pretende incorporar em suas músicas em breve.


Logo A Tribuna
Newsletter