Imagine-se sentado na praia, fones de ouvido e o sol se pondo. É o clima que você automaticamente se deixa levar ao ouvir A Tarde Inteira, lançamento da cantora santista Carolina Andrade, em parceria com o paulistano Brolo Gonzalez, que fica disponível em todas as plataformas digitais a partir desta quinta-feira (25).
Com selo da Moringa Fresca – que é um compilado de estúdio, produtora e editora – a faixa tem ainda produção de Jeff Pina e composição dela, Brolo e Raphael Ota. É uma viagem por esse pop mais lento, algo que soa como Lagum e Gabriel Elias, que, aliás, são admirados por ela. “É um pop leve, uma música que a gente vai conseguir ouvir realmente indo para a praia. É uma faixa para a gente ficar de boa”, diz a jovem cantora de 21 anos.
“Ficar de boa”, aliás, é o título de uma playlist no Spotify criada por ela com faixas nesse estilo, entre elas A Tarde Inteira – dá para salvar a sequência acessando pelo nome ou direto na página da cantora no Instagram. Mas retornando à faixa, é fruto da Moringa Fresca, nome que surgiu diversas vezes no bate-papo com Carolina. É que o conglomerado de artistas reúne muito do que inspira Carolina. O Jeff, inclusive, já foi produtor do duo AnaVitória. E foi justamente essa junção que trouxe leveza, linguagem simples, mas com doçura para a música.
Segundo Carolina, cada lançamento varia de acordo com o artista. “Jeff sabe o feeling que a música precisa, os projetos. Brolo é uma das vozes mais bonitas que eu já ouvi. A Moringa reúne as variedades que tem ali dentro”, diz ela.
Mesclando a cultura da praia de Santos com a experiência em musicalidade de Brolo (cujo pai foi saxofonista e a mãe o levou a ter aulas de iniciação musical ainda criança), a faixa conquista uma brasilidade única. Algo que encanta Carolina.
Aliás, é o que também faz parte da formação da cantora, que compõe desde a adolescência, principalmente sobre amor.
“Dentro desse pop, dessa chamada nova MPB, há essa variedade que traz um ponto positivo para a música. Essa nova maneira que está surgindo (com cantores como Lagum, Ana Gabriela e Gabriel Elias, por exemplo), chega falando de amor, seja o sentimento entre as relações, seja o próprio ou o fraterno”, explica a cantora e compositora.
Com uma transição capilar recente, Carolina diz que também está transitando no sentido musical. Diz que na Moringa, por exemplo, aprendeu que pode dizer as mesmas coisas que fala em suas composições de maneiras mais simples.
Ao mesmo tempo, mantém seu tom amoroso nas letras e mescla com outros sentimentos que vai tendo ao longo do tempo.
Uma das faixas que vem preparando, por exemplo, é “super apaixonante”. “Normalmente, pessoalmente, eu sou mais séria, mas na composição a fala do amor sai natural”.
Para o futuro, pergunto com quem dividiria os palcos e quem a inspira. A resposta veio na ponta da língua: Ivete Sangalo e Luan Santana, as “inspirações reais de vida”.
“Normalmente, me inspiro também no tipo de profissionalismo, tipo de vida, como o artista leva a questão midiática. A Ivete lida bem com isso, porque consegue ter privacidade e não passa do ponto. É sensata. Luan a mesma coisa, Jorge e Mateus também. Procuro artistas que me agreguem em tudo”.