
Ator vive uma fase intensa e criativa, marcada por novos projetos (Eduardo de Paulla/divulgação)
Brunno Daltro vive uma fase intensa e criativa, marcada por novos projetos na atuação, na música e na vida pessoal. Enquanto brilha como o irônico deputado Denis na série Matches, da Max, que mistura comédia e crítica social, o ator e cantor também celebra o lançamento de seu novo single, Deixa — uma homenagem ao funk romântico dos anos 2000, cheio de nostalgia, leveza e ritmo solar. Paralelamente, Brunno fortalece sua presença como influenciador digital, compartilha sua rotina de bem-estar e, acima de tudo, vive com entusiasmo a experiência de ser pai da pequena Maria Teresa, de 4 anos.
Seu personagem em Matches, o deputado Denis, traz uma carga de ironia e crítica social. Como foi a preparação para interpretar esse papel?
Foi um processo muito divertido e, ao mesmo tempo, desafiador. O Denis é um personagem que carrega ironia, crítica social e aquela cara de boa praça que a gente vê muito por aí — então o desafio foi justamente equilibrar esse tom cômico com o olhar mais afiado sobre a nossa realidade. A preparação contou com muitos ensaios, trocas com a diretora Mano Fontes, que foi incrível, e com a Fernanda Freitas, que é uma parceira generosa e tem um timing cômico fora do comum. Contracenar com ela me fez crescer muito. A gente se divertia bastante nos bastidores, mas também conversava muito sobre como trazer verdade dentro da sátira. Foi uma delícia construir esse personagem num clima leve, mas com consciência do que estávamos provocando em cena. É aquela comédia que diverte, mas também cutuca — e isso, para mim, é o mais poderoso.
Você já viveu personagens históricos e bíblicos na TV, e agora está em uma comédia contemporânea. Como foi essa transição e o que mais te atraiu em Matches?
Foi uma mudança bem gostosa de viver. Interpretar personagens históricos e bíblicos exige uma construção muito cuidadosa, um mergulho profundo em contextos que muitas vezes são distantes da nossa realidade. Já Matches é o oposto: uma comédia atual, leve, rápida, cheia de ironia e situações que fazem parte do nosso dia a dia. O que mais me atraiu foi justamente esse frescor da série. O texto tem um ritmo esperto, os personagens são cheios de nuances e o Denis — apesar de ser um político corrupto — é tratado com esse tom cômico e satírico que permite brincar com a realidade sem deixar de provocar reflexão. Poder explorar esse outro lado, mais leve e irônico, foi renovador. Me trouxe novas ferramentas como ator e ainda me diverti muito no processo.
Além da atuação, você vem investindo cada vez mais na música. Como surgiu essa paixão?
A música sempre fez parte da minha vida. Cresci ouvindo muito funk e melody com meus pais, depois mergulhei em blues, jazz e rock quando entrei no teatro. Sempre fui muito conectado com a arte no geral, mas a música foi ganhando um espaço ainda maior com o tempo. O ponto de virada foi quando participei de um teste para uma série sobre o Secos & Molhados. O projeto acabou não indo adiante por questões de direitos autorais, mas ali, senti um chamado. Aquilo despertou algo em mim. A partir daí, comecei a me dedicar mais, a estudar, a entender que a música também era um caminho legítimo para mim. O lançamento de Corpo foi esse primeiro passo, e agora com Deixa, estou explorando uma nova vibe — mais leve, solar, dançante. A música tem me permitido descobrir outras versões minhas e, acima de tudo, me expressar com verdade.
Seu novo single, Deixa, é uma homenagem ao funk romântico dos anos 2000. O que essa fase da música brasileira representa para você?
Claudinho & Buchecha, por exemplo, marcaram a minha infância — lembro de ouvir as músicas deles com meus pais, em casa, nas viagens, em momentos que ficaram na memória. O funk romântico dos anos 2000 tem essa leveza, essa alegria simples que conecta com o coração, e foi exatamente isso que eu quis resgatar em Deixa. Trabalhar com o Hitmaker (Wallace) foi surreal. Ele é um cara genial, com um olhar musical muito apurado e uma generosidade enorme no processo criativo. A vibe se alinhou desde o começo — ele acreditou no som, na proposta, e trouxe junto um time de compositores incríveis. Foi um trabalho coletivo muito rico. A produção foi acontecendo de forma natural, com muita troca, e acho que isso transparece no resultado final. Deixa tem essa mistura de nostalgia com modernidade, com uma pegada solar, bem carioca, feita pra cima — e eu estou muito feliz com tudo que ela representa.
Você tem se destacado também como influenciador digital, compartilhando sua rotina saudável e incentivando o bem-estar. Como surgiu esse interesse?
Isso surgiu de forma muito natural. Sempre gostei de cuidar da minha saúde, do meu corpo, da minha mente — e, com o tempo, percebi que compartilhar isso nas redes podia inspirar outras pessoas também. Não se trata de perfeição, mas de equilíbrio. Sou muito ligado à espiritualidade, e acredito que tudo começa de dentro para fora. Mostrar minha rotina saudável, meus treinos, minha alimentação, é também uma forma de dizer “cuide de você, do seu tempo, do seu ritmo”. Cada um tem sua jornada, e o mais importante é estar em paz com ela. A mensagem que eu quero passar é essa: buscar uma vida com mais consciência, presença e bem-estar — física, mental e espiritualmente.
Ser pai da Maria Teresa é algo que você sempre menciona com muito carinho. Como a paternidade impacta sua carreira e influencia suas escolhas profissionais?
Ser pai da Maria Teresa é, sem dúvida, o papel mais especial da minha vida. Ela tem só 4 aninhos, mas já me ensina todos os dias. A paternidade me trouxe mais foco, mais responsabilidade e, ao mesmo tempo, uma sensibilidade ainda maior para tudo que faço. Ela influencia diretamente minhas escolhas profissionais — penso no tempo que quero dedicar a ela, na imagem que quero construir, nos projetos que me fazem sentido de verdade. Quando estou com ela, me sinto recarregado, inteiro. E artisticamente, isso também me move. Maria Teresa tem um lado criativo muito forte, adora dançar, cantar, pintar... Ver isso nela me inspira ainda mais a seguir com verdade e coração em tudo que faço.
Moda também parece ser uma grande paixão sua, com destaque para seus looks nas redes sociais. O quanto o estilo pessoal é importante para sua imagem e como você escolhe suas peças favoritas?
A moda é uma forma de expressão. Assim como a atuação e a música, o estilo também comunica quem eu sou, o que eu estou sentindo, em que fase estou. Sempre gostei de me vestir bem. Porém, mais do que seguir tendência, gosto de usar o que tem a ver comigo, com a minha essência. No dia a dia, escolho minhas peças de acordo com meu humor, com o que eu quero transmitir. Gosto de brincar com estilos, misturar o urbano com o casual, trazer um toque mais moderno, mas sempre com conforto. A moda me ajuda a contar minha história sem precisar dizer uma palavra — e isso, para mim, é muito poderoso.
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