Ela interpreta uma paraguaia na novela das nove, Terra e Paixão, mas Natalia Dal Molin é nascida em Rosario, cidade natal de Messi e empresta à Graciara, sua personagem, o sotaque real do portunhol.
Ao lado de nomes consagrados da teledramaturgia brasileira como Glória Pires e Tony Ramos, ela está à vontade. Apesar de esta ser sua primeira novela brasileira, a atriz argentina não é uma desconhecida, pois já atuou em diversas séries em plataformas de streaming, além de produções argentinas. Na HBO, esteve na série Hard e na Prime Video, na Maradona Sueño Bendito, sobre a vida do craque o do futebol.
Atualmente, Natalia também está na série As Aventuras de José e Durval, baseada na biografia de Chitãozinho & Xororó e, em breve, estreia com o filme Apaixonada, que tem Giovana Antonelli como protagonista.
“Adoro me vincular com diversas culturas e entrar nos mundos das artes”, diz. Fã de samba e de comida brasileira, principalmente de uma farofinha, que ela acha “uma invenção maravilhosa”, Natalia pretende parar um pouco para viajar depois deste 2023 tão produtivo.
Como tem sido fazer sua primeira novela brasileira, ao lado de nome superconsagrados como Glória Pires e Tony Ramos?
Tem sido bem lindo! Perceber o cuidado de Tony Ramos, ele é um ser muito presente e delicado. A Glória Pires que faz um bolo maravilhoso preparado por ela, que olha nos olhos dos outros, que acredita. O elenco jovem também é superinteressante e diverso. Artistas que saíram de suas cidades, em busca de seus sonhos... todos muito talentosos, com muita vontade que essa novela seja um sucesso.
Você imaginava que tão rapidamente após vir para o Brasil iria estar em um folhetim das nove na maior emissora do País?
Eu imagino coisas loucas, entre elas atuar na TV brasileira e em outros países. Adoro me vincular com diversas culturas e entrar nos mundos das artes. Então, assisto a filmes e abro ainda mais minha mente, vou abrindo espaços, o coração. A confiança e a fé ajudam !
Como surgiu a vontade de morar no Brasil?
Comecei 2013 fazendo O Táxi de Escher, um filme que foi premiado. Na primeira vez que eu pisei em um set de gravação em São Paulo, falei: eu vou trabalhar aqui… Também é lindo almoçar comidas brasileiras, com variedades, frutas.. e a farofa (!)-- que invento abençoado! (risos). Outra coisa que é uma delícia, é esperar para gravar escutando um samba.
O que te dá mais saudade de casa?
Saudades da família , dos amigos, dos alfajores e de tomar mates falando poesias e anedotas divertidas.
Você trabalhou no seriado Hard, da HBO, que por ser passar em uma produtora de vídeos eróticos tinha cenas de nus e de sexo. Como foi fazer esse papel?
Fazer Shana foi um desafio. Às vezes nossa alma não sabe que está atuando e se confunde. Teve momentos que minha mulher se sentiu incomodada pelo o histórico nesse mundo, pelas mulheres que não foram respeitadas... Eu interpretava uma mulher como muitas, que passaram no mundo machista e descuidado. Que se enfrentava na hora de atuar com pessoas que não respeitavam seus corpos. Mas a preparação e o cuidado da equipe foram fundamentais para fluir e ter coragem para existir. Por sorte tudo está mudando, e a HBO conseguiu difundir a transição dessa era. E agora por sorte e por esforço delas, tem várias diretoras que mostram o mundo pornô com respeito e verdade.
Você nasceu na mesma cidade do Leonel Messi e fez um papel na Argentina em que interpretou a irmã do Maradona. Gosta de futebol?Tem um time do coração na Argentina? E no Brasil?
Sim, da terra de Messi e irmã do 10! Gosto de futebol, adoro jogar, e fico muito confusa nos jogos. Sofro pelo time que leva um gol, pela família do jogador, por erros que os jogadores cometem, sou assim … mas meu time na Argentina é NOB (Newell's Old Boys), da minha cidade Rosario.
Quais são os seus outros projetos em andamento e os planos após o fim da novela?
Esse ano ainda estreia o filme Apaixonada, que eu atuei com Giovanna Antonelli. Além dele, ainda não sei. Acho que um filme e uma série. Mas também quero viajar um pouco e me conectar com minhas profundezas. O ‘corre’ do dia a dia não me deixa entrar tanto nas minhas emoções. E que um novo personagem me interpele por aí.