Veterinária de Santos dá dicas para evitar alergia e doenças de parasitas em pets na primavera
Confira alguns cuidados para não pôr a saúde do seu animal de estimação em risco
Sinônimo de flores, a primavera também pode desencadear uma série de doenças nos gatos e cachorros. Em meio aos aromas e cores da estação, os tutores devem se atentar à alergia ao pólen e a parasitas que aparecem com maior incidência nesses meses.
A médica-veterinária Fernanda Fonseca Santos, especialista em Dermatologia, explica que essas alergias afetam principalmente os animais com diagnóstico de dermatite atópica, chamados de atópicos. No caso dos cachorros, ela cita raças que já possuem uma predisposição ao quadro, como shih tzu, lhasa apso, yorkshire terrier e buldogues francês e inglês. Já com relação aos gatos, ela diz ser mais difícil haver condições hereditárias.
A alergia ao pólen pode aparecer por conta de alguma flor que o tutor tenha em casa, após o pet ter passado em algum jardim ou tido contato com plantas no passeio. Nessa hora, ele começa a espirrar, se coçar ou se lamber além do comum. Essa coceira, que geralmente inicia nas orelhas ou na barriga, pode resultar em feridas. Por isso, é importante levar o animal a um veterinário para investigar o quadro. Detalhe: o diagnóstico de dermatite atópica pode demorar cerca de três meses para ser confirmado.
O tratamento para essas alergias depende do diagnóstico do animal. Pode ser introduzido pelo dermatologista veterinário algum tipo de ração especial, uma alimentação específica, medicamentos ou até mesmo ser prescrita a utilização de xampus terapêuticos. “Alergias não têm cura, só tem controle”, ressalta Fernanda Fonseca Santos.
Na primavera, assim como no verão, mosquitos, pulgas e carrapatos se proliferam mais. Por isso, a veterinária diz que é importante o animal estar com a vacinação e as doses de vermífugos em dia.
No caso da pulga, se o gato ou cachorro tiver alergia à sua saliva, podem ser desenvolvidos problemas de pele. E pode haver a transmissão de vermes intestinais por meio dessa saliva. Quanto ao carrapato, se estiver contaminado, ele pode transmitir erliquiose (conhecida como doença do carrapato). Já os mosquitos podem causar a dirofilariose (a doença do verme do coração) ou a leishmaniose, que é uma enfermidade infecciosa que provoca feridas na pele.
A veterinária alerta que ingerir plantas tóxicas pode causar vômito, diarreia e, em quadros graves, até levar o bichinho a óbito. Por causa disso, ao perceber que ele teve contato com um desses vegetais é preciso levá-lo diretamente para um profissional. Para evitar riscos, além de tirar as plantas de casa do alcance dos pets, uma outra opção é investir em vegetais adequados para os animais de estimação, vendidos em pet shops.
