Descubra como despertar o lado afetivo na decoração de sua casa

Confira dicas de especialista na área para deixar o lar mais aconchegante e emanando bons sentimentos

Por: Beatriz Araujo  -  16/05/21  -  15:31
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Uma decoração afetiva, que transmita felicidade, vai além de porta-retratos da família pela sala. Trata-se de buscar um lar que te faça bem, feliz e transmita uma sensação de reencontro com a natureza e com a sua essência pessoal. É o que explica a arquiteta e designer de interiores Carla Felippi, que trabalha e pesquisa há mais de 25 anos a área.


“O ser humano gosta de estar em contato com a natureza, por causa de informações de dentro do nosso DNA”, comenta Carla. Segundo ela, quando há elementos que remetem ao “natural” em casa, o batimento cardíaco diminui, a produção de glóbulos brancos aumenta e uma sensação de tranquilidade é despertada.


Para que a sua casa tenha uma decoração afetiva, a especialista dá dicas a seguir.


Mergulho na sua história


Perguntar-se “onde cresci?” pode ser um ponto de partida para perceber quais objetos, símbolos, cores e aromas trarão felicidade à sua casa, por isso representar a sua história de forma positiva.


“A memória olfativa é a mais relevante, a mais forte”, frisa Carla Felippi. Ela explica que, ao sentir, por exemplo, o perfume que usava na adolescência, a pessoa vai lembrar das histórias e momentos que passou enquanto o utilizava. Por isso, um dos truques para revisitar afetos, é aplicar aromas pela casa.


Paleta de cores


Com relação às cores, a dica de Carla é buscar inspiração na natureza para formar paletas que guiem a decoração do seu lar.


Ela conta que tem uma memória afetiva muito forte com o mar. Então, para remeter às sensações desencadeadas pelo oceano, buscou tons similares para compor os ambientes da sua casa, pois sabe que trarão bons sentimentos, mesmo que inconscientemente.


“Tudo na natureza possui uma combinação perfeita. As cores tiradas de ‘cenas’ das paisagens naturais sempre vão combinar”.


Iluminação natural


Pensando, também, no atual momento de pandemia, com as pessoas passando mais tempo dentro de suas casas e com maiores preocupações, Carla ressalta a importância de o lar não ser mais um problema. “A decoração afetiva é algo muito profundo, não uma questão de moda ou tendência. Tem a ver com a individualidade e a motivação de cada pessoa”.


Para isso, aumentar a iluminação natural é algo que não pode ficar de fora do projeto. Caso isso não seja possível, a arquiteta indica buscar uma iluminação quente, mesmo que seja com LED, para “imitar a cor do sol”. “Isso ajuda na produção de serotonina e o resultado na melhora do humor é visto rapidamente”, afirma.


Além disso, para evitar pequenas frustrações ao longo do dia, Carla sugere deixar tudo organizado, com acesso prático, e ter uma circulação confortável nos locais. “A casa é sua história, não um acúmulo de itens”.


A força do artesanal


Ter elementos naturais, feitos à mão, também é um grande diferencial para quem busca um design afetivo. “Contar com elementos assim em nossa casa nos faz lembrar do tempo do ser humano, não da máquina”, pondera Carla Felippi.


A especialista indica ainda utilizar as fibras naturais e se afastar, cada vez mais, de materiais sintéticos, “que emitem gases tóxicos prejudiciais à saúde”.


Junto às plantas, as peças de arte feitas à mão são outras boas sacadas. “É legal também quando são utilizadas decorações produzidas por pessoas da própria família”, comenta.


É importante seguir sua intuição, procurar sentir se a composição de sua casa te faz bem, traz felicidade e conta a sua história. Dessa forma, segundo Carla Felippi, é possível “lembrar do que a gente é capaz” e compreender, com mais clareza, as nossas conquistas futuras.


   A especialista indica se aproximar do natural e se afastar, cada vez mais, de materiais sintéticos
A especialista indica se aproximar do natural e se afastar, cada vez mais, de materiais sintéticos   Foto: Favaro Jr/Divulgação

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