Bem Estar: Inverno traz aumento de casos de rinite e alergias

Veja formas de evitar as crises e curtir o frio numa boa

Por: Brenda Bento  -  11/07/21  -  17:30
  Ácaros, poeira, e agentes irritativos são os principais vilões das alergias respiratórias
Ácaros, poeira, e agentes irritativos são os principais vilões das alergias respiratórias   Foto: Unsplash

Crise de espirros, coriza e congestão nasal são alguns dos sintomas mais comuns da alergia respiratória e esse quadro pode se agravar dependendo do que temos em casa – por exemplo, tapetes, cortinas, mantas e blusas de lã tiradas do armário. Sem falar do fato de os ambientes ficarem mais fechados, com pouca ventilação, durante o inverno.


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Os ácaros, a poeira e os agentes irritativos, como cheiros fortes de produtos químicos, são os principais vilões das alergias respiratórias. Para se ter ideia, o acúmulo de pó e de ácaros pode desencadear irritação na pele, crise de espirros, coriza e, em pessoas com predisposição, há chance até de elas apresentarem crises de asma.


O ideal, portanto, para evitar o acúmulo desses agentes é limpar a casa com frequência e manter os ambientes arejados. Já para tratar as crises de asma, deve-se sempre procurar um especialista. Segundo a alergologista e pediatra Juliana Francatto da Silva, o tratamento envolve a prescrição de corticoides nasais e inalatórios.


Esconderijo do vilão


Os ácaros geralmente ficam alojados em tapetes, cortinas, colchões e travesseiros. A médica reforça que não é possível eliminá-los, ou seja, lavar não vai fazer com que o tecido fique livre deles. Por isso, a orientação é trocar assim que possível.


Outra dica é colocar capa no travesseiro e principalmente no colchão, que é mais caro para trocar periodicamente. Assim, cria-se uma barreira para minimizar o contato com ele, e isso reflete, inclusive, na durabilidade do produto.


Nem tudo é crônico


Nessa época de inverno, é comum acontecerem casos de sinusite, o que, ao contrário do que muita gente pensa, é uma condição transitória e basta ser tratada com antibiótico. Em outras palavras: a pessoa não tem sinusite como algo crônico, o que geralmente acontece é que quem possui rinite acaba evoluindo para um quadro de sinusite. Outra doença comum nesse período do ano é a pneumonia, que pode ser viral ou bacteriana. Em compensação, enfermidades como rinite, bronquite e asma são crônicas. Juliana Francatto da Silva explica que as pessoas não costumam nascer com essas condições crônicas. Algumas apresentam predisposição genética, só que, no geral, essas doenças dependem da exposição a ácaros e poeira ao longo da vida. Há quem manifeste o problema logo na infância, enquanto outros irão desenvolvê-lo apenas na idade adulta.


Combate às crises


Para evitar as crises, o ideal é manter o ambiente arejado, sempre limpo e sem mofo. A recomendação, para completar, é evitar tapetes, cortinas e tentar não deixar objetos expostos que possam acumular poeira. A alergista orienta que é melhor optar por passar pano úmido na casa ou usar o aspirador de pó, em vez de varrer.


Também é recomendado higienizar com frequência os estofados, trocar as roupas de cama com uma regularidade e realizar manutenção periódica do aparelho de ar-condicionado. Além do tratamento com corticoides e antialérgicos, que devem ser prescritos por um médico, ainda existe a possibilidade da realização da imunoterapia, a qual, de acordo com Juliana Francatto da Silva, tem gente que chama de vacina para a alergia.


No entanto, para alergia não há cura, apenas o controle. Com o uso da imunoterapia, o paciente costuma apresentar uma melhora importante nos sintomas, mas, mesmo assim, podem ocorrer alguns episódios de crise.


A diferença entre as alergias alimentar, respiratória e dermatológica é basicamente a forma de manifestação. Existem, inclusive, alergias alimentares, como a ao leite de vaca em bebês, que podem provocar crises de sibilância (o famoso chiado) e coriza, aspectos comuns em alergias respiratórias.


Impacto do frio


Com a chegada da estação mais fria do ano, os casos de alergia respiratória tendem a aumentar, pois as casas ficam mais fechadas e as pessoas usam mais para se aquecer os cobertores, mantas e casacos de lã que ficam guardados no armário no resto do ano. Por isso, é bom evitar ficar em ambientes fechados por muito tempo, em locais com mofo, com obra ou que possam por algum motivo ter acúmulo de poeira.


Também vale manter distância de lugares com pessoas que fumam ou com cheiros fortes, além de respeitar o tratamento prescrito pelo médico. E mais: o melhor é, duas semanas antes do início do inverno, lavar as peças de roupa que você mais costuma utilizar no período de frio e fazer o mesmo com as roupas de cama. Caso isso não seja possível, o indicado é expor esses itens ao sol e sempre procurar usar materiais que tenham menos tendência de acumular pó – que são os tecidos antialérgicos.


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