Autoridades e convidados presentes no Summit São Vicente afirmaram que os valores recebidos pela cidade, provenientes principalmente do Governo de São Paulo, estão aquém do necessário. Além disso, diz Rodolfo Amaral, cientista de dados e sócio-fundador da Data Center Brasil, os maiores investimentos do Estado são destinados ao sistema penitenciário. O estudioso afirmou que esta situação tem de mudar o quanto antes.
Não foi à toa que o especialista, que é jornalista por formação, citou a saúde. De acordo com ele, o Estado faz poucos repasses destinados a este setor.
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Diante destas informações, o prefeito vicentino, Kayo Amado (PODE), apontou as dificuldades que enfrenta no dia a dia. “A mi
O prefeito falou de outras situações em que a falta de recursos emperra a administração. Ele entende que há uma distribuição equivocada do dinheiro direcionado à região metropolitana.
“A Dadetur é baseada na arrecadação, ou seja, não tem indicador sócio-econômico nenhum. Isso faz municípios vizinhos ganharam até quatro vezes mais uma verba destinada a infraestrutura turística dentro de uma mesma área”, pontuou o prefeito de São Vicente.
Para ministro, Cidade merece mais atenção
No momento em que as dificuldades orçamentárias do município se tornaram o assunto do evento, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), lembrou dos problemas que enfrentou quando dirigiu a cidade. Ele, que também ocupou os cargos de governador paulista e deputado federal, afirmou que a tarefa mais complicada de sua vida pública foi ser prefeito de São Vicente.
“Não tem nem comparação. É quase um carma. Você fica angustiado, porque sabe de coisas que poderiam melhorar, mas existe um limite financeiro, que não está compatível com as dificuldades das pessoas. Aqui, as pessoas dependem do poder público”, declarou o político, que chefiou o Executivo local entre 1997 e 2005.
Concordando com o atual prefeito, Kayo Amado, no que diz respeito à necessidade de serem revistos os repasses de verbas das esferas estadual e federal, o ministro evocou uma frase do ex-governador de São Paulo Mário Covas.
“Como ele dizia, ‘governar é escolher, mas, acima de tudo, compensar a desigualdade’. Se algum lugar deveria ter atenção especial, certamente seria São Vicente. Não só por ser a cidade mais antiga (do Brasil), mas por ter menos condições de resolver seus próprios problemas”, afirmou o ministro.