Área Continental de São Vicente pode ser incluída na poligonal do Porto santista

No evento Summit São Vicente, presidente da APS afirmou que levará proposta ao Ministério de Portos e Aeroportos

Por: Michael Santos - Colaborador  -  24/10/23  -  11:33
Afirmação foi do presidente da APS, Anderson Pomini, durante o Summit São Vicente
Afirmação foi do presidente da APS, Anderson Pomini, durante o Summit São Vicente   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, anunciou que vai encaminhar ao Ministério de Portos e Aeroportos um pedido oficial de inclusão de regiões da Área Continental de São Vicente na poligonal do Porto santista. A declaração aconteceu durante Summit São Vicente. O evento foi realizado nesta segunda-feira (23), no Grupo Tribuna.


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O gestor da APS explicou a decisão. “Temos um grande problema, que é gargalo para escoamento de produtos. Daí, a importância de conectarmos áreas e retroáreas, para atender à capacidade de movimentação. Pensando nisto, faremos uma proposta formal ao ministro de Portos e Aeropostos (Silvio Costa Filho), que já concordou (com a incorporação), para que façamos, com urgência, a ampliação da poligonal”, declarou.


A inserção de espaços vicentinos nos limites jurisdicionais do complexo portuário era um pedido do prefeito, Kayo Amado (Pode), e do deputado estadual Caio França (PSB). O chefe do Executivo afirmou qual poderá ser o benefício da medida para a Cidade. “O objetivo é gerar empregos na cidade, aproximando-os de quem mora no Município”, afirmou o prefeito.


Mobilidade
Ainda sobre a Área Continental, o assessor da diretoria de gestão operacional da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), João Paulo Rodrigues, falou sobre a chegada do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) àquela região. Segundo ele, a primeira parte do terceiro trecho, que vai da Estação Barreiros ao Bairro Samaritá, deve sair do papel em breve.


“Já concluímos esta licitação e estamos em vias de assinatura de contrato, para execução das obras. O investimento, de R$ 209 milhões, já está pactuado, comprometido pelo Governo”, disse.


João Rodrigues mencionou que o prazo para conclusão de toda a terceira fase é abril de 2028. A secretária vicentina de Licenciamento, Wanessa Almeida Valente de Matos, não gostou da projeção. “Dentro da mobilidade urbana, enxergamos que o desenvolvimento local parte do funcionamento do VLT. Sofri com o prazo que ele colocou”, admitiu.


O gerente do Departamento de Competitividade da Fiesp, Renato Corona, espera que a obra seja acelerada. Isso porque, em seu entendimento, a população daquela localidade tem muito a ganhar com o veículo.


“Isso traz oportunidades de adensamento das regiões laterais. Em Frankfurt, na Alemanha, a valorização imobiliária foi de 15% a 20%. Em Ontário, no Canadá, 25%. Pode acontecer uma série de parcerias público-privadas (PPPs) em comércio, escolas, turismo”, previu.


O secretário de Desenvolvimento Urbano de São Vicente, Alexsandro Ferreira, comentou acreditar que a expansão do Veículo Leve será comemorada pelos vicentinos. “As pessoas queriam que não houvesse diferença entre as áreas Continental e Insular. O VLT vai ser significativo para não haver diferença”, frisou.


Aniversário de 500 anos
Durante o Summit São Vicente, o prefeito Kayo Amado falou sobre os planos para o aniversário de 500 anos da Cidade, que ocorrerá 2032. Uma das ações é o programa São Vicente de Cara Nova, um conjunto de investimentos voltados, por exemplo, à expansão da Área Continental e da construção civil.


O chefe da Administração vicentina disse que deseja que a Cidade passe por verticalização. Para o presidente da Associação dos Empresários da Construção Civil (Assecob), Mateus Teixeira, isso já está acontecendo. “O Município, hoje, tem 19 empreendimentos de grande porte — Santos possui 43. São Vicente está produzindo e tem potencial para produzir mais.”


Até o fim
No entanto, para que todo este potencial seja aplicado, é necessário que o planejamento seja seguido até o fim. Portanto, quem suceder Amado deverá dar sequência à estratégia. Do contrário, coloca-se em risco qualquer melhoria.


“Nenhuma transformação acontece em menos de oito, dez, 12 anos. Teremos outros gestores, e é fundamental que o plano continue”, reforçou Rogério Caiuby, conselheiro executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC).


Caiuby também mencionou que a participação da sociedade é importante neste processo de evolução. Por isso, criou-se site, que recebe de cidadãos sugestões para o Município.


A depender do que a população apontar, as estratégias podem ser revistas. Assim comentou o diretor de mercados da Macroplan Prospectiva Estratégia e Gestão, Marcelo Asquino.


“As entrevistas qualitativas são importantes. Nada melhor do que ouvir quem tem a vivência de São Vicente, seja morando ou frequentando, para entender se o projeto caminha no sentido certo”.


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