Antecipar VLT para Área Continental de São Vicente pode acelerar desenvolvimento

Por outro lado, o prazo longo para a finalização desse trecho pode prejudicar o desenvolvimento da cidade

Por: ATribuna.com.br  -  29/10/23  -  09:11
João Paulo disse que a previsão de entrega da fase três do Veículo Leve sobre Trilhos, que contempla a Área Continental, é abril de 2028
João Paulo disse que a previsão de entrega da fase três do Veículo Leve sobre Trilhos, que contempla a Área Continental, é abril de 2028   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O assessor da diretoria de gestão operacional da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), João Paulo Rodrigues, disse que a previsão de entrega da fase três do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que contempla a Área Continental, é abril de 2028. O fato de a verba necessária para a obra já estar prevista no orçamento estadual animou os gestores vicentinos. Por outro lado, o prazo longo para a finalização desse trecho pode prejudicar o desenvolvimento da cidade.


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A secretária vicentina de Licenciamento (SEL), Wanessa Almeida Valente de Matos, foi uma das pessoas que se manifestaram. “Dentro da mobilidade urbana, enxergamos que o desenvolvimento parte do funcionamento do VLT. Preocupa o prazo previsto pela EMTU”.


Kayo Amado também deixou clara sua insatisfação. Na opinião do chefe da administração, isso retarda investimentos da iniciativa privada no trajeto por onde, futuramente, a composição vai trafegar.


“Quando a promessa é para 2028, significa que você tem sete quilômetros de linha reta que não vão ser especulados do ponto de vista imobiliário, não vão verticalizar enquanto não passar o VLT”, destacou o prefeito.


O gerente do Departamento de Competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Renato Corona, ressaltou que, de fato, o sistema poderia acelerar a evolução daquela região, a exemplo do que aconteceu em outros lugares do mundo.


“Ele traz oportunidades de adensamento das regiões laterais. Em Frankfurt, na Alemanha, a valorização imobiliária foi de 15% a 20%. Em Ontário, no Canadá, 25%. Pode acontecer uma série de parcerias público-privadas (PPPs) em comércio, escolas, turismo, em edifícios novos”, exemplifica.


Após ser questionado sobre a possibilidade de agilizar a entrega do equipamento, o assessor da EMTU falou que o governo vai tentar acelerar os processos. “Estamos considerando como prazo máximo para obter os licenciamentos e a licença prévia maio do próximo ano. A ideia é conseguir antecipar isso. Aí, reduzimos o prazo. Entendemos que o VLT é indutor de diversos outros dispositivos urbanos”.


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