Mercado da Construção Civil aguarda o desempenho da economia para ter novas projeções

Crescimento está ligado à redução de juros, dizem empresários do setor

Por: ATribuna.com.br  -  07/10/23  -  11:46
Projeções dependem de variáveis como Selic e custo dos materiais de construção
Projeções dependem de variáveis como Selic e custo dos materiais de construção   Foto: Pixabay

O mercado da construção civil aguarda o desempenho da economia brasileira (e internacional) para indicar as projeções dos próximos meses. Recentemente, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Construção para 1,5% em 2023. De acordo com a entidade, a terceira redução consecutiva do ano se justifica pelo fato de o setor estar colhendo os frutos do prolongado cenário de juros elevados, além da demora no anúncio das novas condições do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e pela redução de lançamentos imobiliários nos primeiros meses deste ano.


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A coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Santos (UniSantos), Célia Ribeiro, afirma que os maiores desafios para o aquecimento do setor da construção dizem respeito à taxa de juros, embora haja uma projeção para a Selic de 11,75% até o fim do ano. Outro aspecto é o valor do material de construção.


Célia chama atenção para os resultados recentes do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), que variou 0,24% em setembro. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o INCC-M acumula alta de 2,74% no ano e de 3,21% em 12 meses. Em setembro de 2022, o índice havia variado 0,10% no mês e acumulava alta de 10,89% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de -0,07% em agosto para 0,07% em setembro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,48% em setembro, ante 0,71% em agosto.


“As expectativas do setor da construção civil para o próximo ano dependem muito de algumas variáveis, entre elas a atividade econômica, ou seja, o próprio crescimento da economia brasileira; a renda das famílias; a taxa de juros, pois ela baliza os financiamentos imobiliários e também o preço do material de construção. Então a perspectiva que temos para 2022, 2023 e 2024 estão relacionadas”.


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