Cozinha se torna centro das atenções do imóvel

Minimalista, integrada com a sala ou com a varanda, não importa. A verdade é que as cozinhas estão se transformando, mas ainda precisam ser um ambiente funcional e bem organizado, principalmente para quem gosta de culinária.

“As cozinhas continuam integradas às salas, mas tivemos algumas mudanças conceituais nos projetos, com cozinhas mais minimalistas, mais monocromáticas e com um número menor de materiais”, afirma o arquiteto Felipe Torelli. “Para quem cozinha bastante, acho de suma importância a escolha dos eletrodomésticos adequados, pensar na circulação e equipamentos mais tecnológicos que vão proporcionar exatidão nas tarefas e receitas”, destaca o proprietário da Felipe Torelli Arquitetura e Design.

“Antes de tudo, a cozinha precisa ser funcional”, acrescenta a designer Luisa Correia, da Correia Design Marcenaria. “É o ambiente que levamos mais tempo para definir na hora do projeto, porque pensamos onde será guardado cada item, como é a rotina da família, quem utiliza mais o ambiente, além da posição e altura dos eletrodomésticos”, conta ela.

Espaços funcionais
Dentre os detalhes que precisam ser pensados de acordo com os moradores e cozinheiros, estão as gavetas com divisórias para talheres, espaços com ventilação natural para armazenar frutas e legumes, cristaleiras para expor as louças mais bonitas, escorredor embutido no armário, torre de tomadas embutida. “Esses são alguns recursos utilizados atualmente para trazer mais funcionalidade na marcenaria”, destaca Luisa.

Para atender as necessidades de quem gosta de cozinhar, Torelli concorda quanto à funcionalidade. “(Devem ser priorizados) Eletrodomésticos mais tecnológicos, armazenamento prático e funcional, materiais de fácil limpeza e de longa duração”, avalia o arquiteto.

“É mais fácil projetar para quem gosta de cozinhar, porque esse cliente já sabe tudo o que precisa estar próximo, onde fica melhor guardar cada utensílio. Ele já conhece melhor a rotina da casa e das refeições”, acrescenta Luisa.

Integração de ambientes
Para aqueles que gostam de receber amigos e familiares em casa, a integração da cozinha com outros ambientes continua em alta.

“A integração é um conceito que mesmo pós-pandemia continua, com cozinhas mais abertas e integradas com sala e, nos apartamentos novos, sempre acopladas com as varandas gourmet”, analisa o arquiteto Felipe Torelli.

“Sobre integrar cozinha e sala, não há certo e errado”, comenta a designer Luisa Correia. “Eu brinco que existem dois tipos de clientes que gostam de integrar (os ambientes): os que amam cozinhar e os que detestam. Os que amam cozinhar integram, para estar mais próximo dos amigos e da família. Já os que não gostam de cozinhar, integram para tornar o ambiente mais amplo e ‘ganhar espaço’ na sala, já que não usam tanto a cozinha”, comenta Luisa.

Varanda gourmet
“Especialmente em Santos, percebemos outra tendência: a varanda substituir a cozinha na hora de receber os amigos. Para isso, montamos uma estrutura com pia, churrasqueira, frigobar e até um cooktop pequeno. Neste caso, o foco da cozinha seria as refeições do dia-a-dia e o foco da varanda, as reuniões entre amigos”, analisa a designer.

Torelli concorda. “A integração é o ponto forte para quem quer receber os amigos e o espaço ideal para agradar a todos deve ser funcional e com muitas funções no mesmo espaço: lugar para cozinhar, com conforto para acomodar a todos, adegas e cervejeiras e outros equipamentos no mesmo local, de forma agregadora”, completa o arquiteto.