Viagem a Roterdã ajuda a trazer lições para resultados positivos no Porto de Santos
Nos últimos cinco dias a Comitiva Porto & Mar, do Grupo Tribuna, participou de intensa agenda na cidade holandesa
A intensa agenda técnica na área portuária feita pela comitiva Porto & Mar, em Roterdã, na Holanda, durante esta semana, deve ajudar a trazer soluções para melhorar a eficiência do Porto de Santos. Autoridades e empresários que viajaram por iniciativa do Grupo Tribuna afirmam que as lições são fundamentais para iniciar uma nova etapa no cais santista.
“A delegação e a agenda foram muito técnicas e isso me chamou a atenção. Entendo que surpreendeu positivamente. Visitamos muitas empresas, tivemos muita informação e agora vamos ver o que conseguimos trazer para o Brasil”, diz o CEO da BTP, Ricardo Arten.
O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery, afirma que a viagem foi uma oportunidade “espetacular, com uma agenda técnica riquíssima, de alta qualidade”.
“Tenho certeza que os integrantes da comitiva vão voltar com um nível de aprendizado muito maior para suas mesas de trabalho. O Porto de Santos é o mais importante do Brasil e o que atrai mais interesse dos investidores estrangeiros. Tratamos disso em Roterdã”.
Para o diretor da Secretaria Nacional de Portos, Otto Luiz Burlier, a viagem foi importante para conhecer as experiências locais. “Essa agenda foi muito completa e certamente vamos levar muito conhecimento”.
Potência
A Holanda tem aproximadamente 17 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos produtos e serviços produzidos no país, de quase US$ 1 trilhão. Desse total, 15% são graças ao Porto de Roterdã. Uma potência que não para de crescer.
A máquina da economia holandesa está sempre em expansão. Quando não há mais espaço, novas áreas são aterradas no mar, como o Maasvlakte 2, uma área de expansão onde foi instalado um terminal totalmente automatizado operado pela APM Terminals.
A tecnologia vira eficiência. A preferência em Roterdã é por cargas em contêineres, inclusive granéis. Um modo mais limpo e rápido, mesmo que tenha custo superior ao dos navios graneleiros. Só em 2021, foram movimentados 15,3 milhões de contêineres no porto holandês, 218% a mais do que no Porto de Santos.
“Tivemos muita oportunidade de ver em Roterdã, na prática, aquilo que conhecíamos a distância por meio da internet, da literatura. As visitas que fizemos nos permitiu conhecer o nível de tecnologia usado na Holanda. Eu levo muitas coisas boas para discutir no Brasil”, destaca o diretor-presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo da Silva.
O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Angelino Caputo, diz que a agenda foi muito bem feita na comitiva Porto & Mar. “Bem mesclada entre parte portuária e tecnológica, que eu particularmente presto atenção, até pelo DNA da minha associação”.
Missão cumprida
A comitiva Porto & Mar teve um painel em um dos mais importantes eventos portuários do mundo, o TOC Europe, estreitou relações entre os participantes e cumpriu a sua principal missão: mostrar que o desenvolvimento do porto depende de cada um, seja do governo ou da iniciativa privada.
“A gente sai daqui com a sensação de dever cumprido. Tínhamos um desafio grande, com uma agenda técnica que pudesse fazer a diferença e conseguimos. É hora de iniciar experiências, levar as práticas que ainda não temos no Brasil”, frisa o diretor comercial do Grupo Tribuna, Demetrio Amono.
Apresentador do programa Porto 360°, da TV Tribuna, Maxwell Rodrigues, acredita que o balanço foi muito positivo. “Tivemos oportunidade de conhecer vários assuntos, principalmente do interesse do Porto de Santos, que é o maior da América Latina, e há pautas que precisam ser tratadas. Tem muita coisa vindo por aí, já estamos preparando uma nova agenda bem recheada”.
