Verticalização em Santos traz emprego, mas também risco de perda de postos tradicionais

Cerca de 122 mil carteiras de trabalho são do setor de serviço, que sofre concorrência da automação de funções

Por: Redação  -  03/07/22  -  10:37
Atualizado em 03/07/22 - 10:48
Sessenta e três por cento dos Santistas mora em prédios
Sessenta e três por cento dos Santistas mora em prédios   Foto: Alexsander Ferrraz/AT

O fato de Santos ser o município mais verticalizado do Brasil, por conta de 63% de seus habitantes morarem em prédios, faz com que boa parte das pessoas seja empregador na Cidade, diz Rodolfo Amaral, jornalista especializado em gestão pública e em análise de dados.


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O motivo é a taxa altíssima de profissionais no mercado de trabalho ligados à área de serviços. Em números arredondados, de acordo com Ricardo Serra, coordenador do Centro Público de Emprego de Santos, há em torno de 162 mil carteiras de trabalho em Santos. Destas, cerca de 122 mil estão relacionadas ao setor de serviço.


“A taxa de trabalhadores em edifícios na região da Baixada Santista é de 14% do mercado de trabalho, o dobro da média do Estado de São Paulo, que é de sete”, afirma Rodolfo. “(Empregado em edifício) É o segundo maior item dentre as atividades na área de serviço. A média regional ultrapassa a faixa de 60%. Se você mora em edifício, tem o porteiro, o faxineiro, então vocês são empregadores”, diz.


Automação
Por outro lado, há um processo de oferta de automação nas portarias de prédios. O sistema não necessita de um profissional humano no local e está cada vez mais constante, o que causa, por consequência, desemprego no setor. É um momento dicotômico.


Há um processo de oferta de automação nas portarias de prédios
Há um processo de oferta de automação nas portarias de prédios   Foto: Irandy Ribas/Arquivo/AT

“Com essa automação, estamos, aos poucos, eliminando esse mercado de trabalho, assim como os caixas eletrônicos no banco substituíram muitas pessoas. E que, repito, tem a representatividade de 14% se entrarmos nos itens da área de serviços de todas as cidades. É o segundo ou terceiro maior empregador. Não passa disso. Isso é muito preocupante. Fica o alerta”, ressalta o jornalista especialista em gestão pública e analista de dados.


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