Polo industrial de Cubatão vislumbra competitividade com automação e inovação

Oportunidades podem surgir mesmo com a nova realidade do mercado; entenda

Por: Redação  -  18/07/21  -  16:16
Atualizado em 19/07/21 - 11:58
 A palavra de ordem é protagoismo, baseado em muito trabalho
A palavra de ordem é protagoismo, baseado em muito trabalho   Foto: Carlos Nogueira/AT

Muitos moradores da região conhecem alguém que já trabalhou em alguma empresa do Polo Industrial de Cubatão. Essa ligação é inevitável, pois trata-se de um dos grandes pilares da economia regional. Porém, nos últimos anos perdeu parte de sua força por uma série de fatores. A palavra de ordem é protagonismo, baseado em muito trabalho e busca por competitividade.


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Esta é a mensagem que deixa o fórum realizado na última segunda-feira, dentro do projeto A Região em Pauta, que discutiu a Indústria, com foco no Polo Petroquímico de Cubatão. A live está disponível em Facebook. Ela foi mediada pelos jornalistas Arminda Augusto, gerente de Projetos e Relações Institucionais, e Leopoldo Figueiredo, editor-chefe adjunto e editor de Porto e Mar, e contou com a participação de profissionais ligados ao tema. Este caderno busca ampliar a discussão.


Para Américo Ferreira Neto, presidente eleito do Ciesp-Cubatão (2022-2025), o Polo continua estratégico para a economia do Estado. No entanto, o entendimento de uma nova realidade do mercado de trabalho é necessário.


“Obviamente que, quando crescemos, queremos ser competitivos. Mas, dificilmente, voltaremos a ter todas as oportunidades que tínhamos no passado. Novos empregos foram criados, muitas atividades já não existem mais, e outras tantas foram criadas para atender às demandas atuais. Acredito que o nível de competitividade, automação e inovação pode eliminar postos, mas cria outras oportunidades. Estamos falando em gerar empregos, não necessariamente aqueles que havia anteriormente”.


Ele acredita que a interlocução com os outros municípios da região, via Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista), e a interação entre as 25 empresas que constituem o Polo atualmente, ajudarão nessa retomada. “No entendimento nosso, além da própria cidade de Cubatão, devemos envolver todas as cidades da Baixada. Temos uma correlação com todas elas. O Ciesp de Cubatão já promove uma atuação forte junto ao Condesb. São discutidos temas ligados à competitividade da indústria”, salienta.


Plano de ação


Presidente do Investe SP, a agência de promoção de investimentos e competitividade do Governo do Estado, Gustavo Junqueira diz que, no ano passado, foi elaborado um plano de atração de investimentos para toda a Baixada Santista. No início desse ano, ocorreu a assinatura de um protocolo de intenções. O plano foi entregue em uma reunião no dia 15 de junho.


“Sem dúvida alguma, o Polo Industrial de Cubatão reúne aquilo que nós entendemos que é a base da economia, da produção industrial do Estado de São Paulo. Não só no contexto de operação e produção, mas muitas vezes no de mostrar qual é o caminho que devemos seguir”, avalia.


Para ele, Cubatão conseguiu se transformar, passando de uma cidade que tinha uma geração enorme de poluentes, e introduziu tecnologia, fazendo uma grande transformação das indústrias que estão localizadas no Polo. O entendimento pleno entre os municípios da região e as empresas seria decisivo para facilitar essa volta do protagonismo.


“Se tivermos esse foco, um business plan, com certeza, os recursos serão otimizados de uma maneira mais rápida. Mas, no Brasil, somos um povo que não consegue planejar. As coisas são feitas de forma atabalhoada. O que acho que existe na Baixada é uma concentração grande de grandes empresas, e essas grandes empresas têm seus planos estratégicos. O que é confidencial, é menos de 10%. O resto é basicamente o cenário, aquilo que compete a todos, para que o sucesso aconteça. As empresas precisam dividir mais suas estratégias”, defende.


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