Indústrias de Cubatão exigem qualificação profissional

Apesar da queda no número de trabalhadores no Polo Industrial, nível de exigência não é pequeno

Por: Redação  -  18/07/21  -  10:26
Atualizado em 18/07/21 - 16:01
 A indústria exige cada vez mais funcionários capacitados, que possuam formação em habilidades específicas
A indústria exige cada vez mais funcionários capacitados, que possuam formação em habilidades específicas   Foto: Imagem Ilustrativa/Pixabay

A qualificação profissional é uma exigência do mercado – e não é de hoje. No caso do Polo Industrial de Cubatão, o apuro na formação dos trabalhadores nas mais diversas funções exige olhar clínico também dos recrutadores. Apesar da queda no número de trabalhadores no Polo, o nível de exigência não é pequeno, sempre com a garantia de competitividade como norte.


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“O perfil do novo funcionário da indústria se caracteriza muito próximo ao de gestores, pois o funcionário que se enquadra apenas com a formação do antigo “chão de fábrica” não tem mais vez no mercado. A indústria exige cada vez mais funcionários capacitados e que possuam formação nas habilidades específicas e sutis”, aponta Allan Degásperi, consultor e professor de Projetos e Negócios da Esamc-Santos.


Ele acrescenta que os impactos da automatização são maiores apenas para aqueles que cumprem funções básicas e repetitivas do cotidiano da indústria. “Funções que não exijam a capacidade intelectual estão com os dias contados. Contudo, os profissionais que buscam capacitação não sofrerão com a automatização, pelo contrário”, pondera.


Degásperi acredita ainda que a indústria apresenta bons índices de empregabilidade, pois o desenvolvimento de uma economia depende diretamente da sua capacidade industrial. Porém, está maior nas funções que necessitam de capacitação de formação, como os engenheiros de produção, mecânica, elétrica, computação, dentre outras.


“Os cursos que habilitarem melhor a mão de obra são aqueles de formação de engenheiros que se preocupam em transmitir os conhecimentos práticos e gerenciais, pois o profissional completo deve possuir habilidades técnicas específicas e habilidades sutis de decisão e gestão”, complementa o professor da Esamc-Santos.


Busca pela mão de obra


Gerente regional do Ciesp-Cubatão, Valmir Ramos Ruiz explica que as indústrias do Polo têm várias demandas por serviços específicos e, em muitas situações, firmam contratos com empresas para a execução dessas tarefas. “Todas as indústrias contratam serviço. A partir do momento em que a indústria assina um contrato, a empresa prestadora do serviço tem a orientação de procurar o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) e, lá sim, divulgar as vagas, pegar os currículos e fazer seu processo seletivo. O PAT faz o papel de indicar o candidato à vaga. Muita gente acha que isso é atribuição da empresa, mas não é”, justifica.


Sobre formação, ele lembra que o Ciesp mantém convênio com várias escolas técnicas e universidades da região. Uma delas é o Senai.


“A região é farta de escolas técnicas e universidades. Se falar em indústria, aqui temos diversas parcerias, o que se torna um benefício para os dependentes e os próprios colaboradores das empresas. Com isso, a gente valoriza a formação e também qualifica o nosso colaborador”, destaca.


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