Agência Metropolitana da Baixada Santista apresenta documento sobre Mobilidade urbana

Tema será mostrado em 8 de dezembro, na Associação Comercial de Santos

Por: ATribuna.com.br  -  06/11/22  -  16:11
Ciclovia é um dos importantes modais tratados dentro do Plano Regional de Mobilidade organizado pela Agem e sem uso de dinheiro público
Ciclovia é um dos importantes modais tratados dentro do Plano Regional de Mobilidade organizado pela Agem e sem uso de dinheiro público   Foto: Vanessa Rodrigues/ AT

A Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) está prestes a apresentar o Plano Regional de Mobilidade Sustentável e Logística para a Região. O documento, que está na reta final de elaboração, será revelado integralmente na manhã de 8 de dezembro, na sede da Associação Comercial de Santos, no Centro Histórico.


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“Vamos fazer a entrega deste pacto metropolitano aos prefeitos. E deixamos bem claro que não é uma imposição. É simplesmente um estudo. E que nunca foi feito na nossa região. É muito interessante e foi realizado com muito carinho e dedicação”, afirma Milton Gonçalves da Luz, diretor-executivo da Agem.


Gonçalves revelou pontos do documento no fórum A Região em Pauta e detalhes prévios da realização. “Na quarta-feira passada (26 de outubro), tivemos o módulo três (de um total de cinco) com representantes dos nove municípios. Houve a definição da visão e dos objetivos estratégicos para os próximos 20 anos, elaboração de cenários de mobilidade para curto, médio e longo prazos, modelagem, análise e comparação dos cenários”, explica.


Grande número de carros circulando nas cidades da Baixada Santista traz naturais problemas para a mobilidade urbana da região
Grande número de carros circulando nas cidades da Baixada Santista traz naturais problemas para a mobilidade urbana da região   Foto: Carlos Nogueira

Convênio
Com planos e estudos já elaborados, dados disponíveis nos municípios e no Estado, pesquisas específicas, como levantamentos de campo, e temas analisados (entre eles, deslocamento de usuários, transporte ativo - pedestres e bicicletas, transporte público e infraestrutura para deslocamentos metropolitanos), o Plano Regional de Mobilidade Sustentável e Logística não teve a utilização de dinheiro público. Trata-se de um convênio assinado por intermédio do Programa Euroclima+.


“A AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento) colocou 500 mil euros (R$ 2,552 milhões, na cotação de ontem) a fundo perdido, e a Setec (empresa internacional de engenharia, com sedes no Brasil e na França) começou a desenvolver o plano”, detalha Gonçalves.


Representantes desse consórcio vieram do exterior, e reuniões presenciais, mesmo no meio da pandemia, foram realizadas com os municípios para saber quais as necessidades e prioridades de cada um deles.


“Em 25 de novembro, será realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Santos. Fiz questão, desde quando iniciamos as conversas com a Setec e a AFD, de chamar a sociedade civil para saber quais os impactos e as necessidades”, revela o diretor-executivo da Agem. Escutas Setoriais também já tinham sido feitas.


“Claro que nem tudo será possível fazer. E volto a dizer: não é uma imposição. Cada prefeito vai ter esse plano e poderá estudar, ver o que os técnicos fizeram e analisaram para, claro, implantar em seus municípios”, afirma Gonçalves. “Aproveito também para lembrar que o plano não termina no dia 8, na entrega. Teremos outras etapas no início do próximo ano. O Governo será novo e não sei se estarei à frente da Agem, mas esperamos que em um futuro próximo a gente possa ver as coisas saindo do papel”, emenda.


Prefeita de Praia Grande e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), Raquel Chini clama pela união
Prefeita de Praia Grande e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), Raquel Chini clama pela união   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Condesb prega união
Prefeita de Praia Grande e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), Raquel Chini clama pela união das forças políticas para que o Plano Regional de Mobilidade Sustentável e Logística para a região se transforme efetivamente em realidade.


“Temos que juntar todas essas pessoas de qualidade, esses políticos que lutam por nossa região, e deixar a vaidade de lado e quaisquer rusgas que existam. Sozinhos não chegamos a lugar algum”, afirma.


A presidente do Condesb espera que cada prefeito avalie criteriosamente o documento sob todos os aspectos. “Nenhuma empresa que faça qualquer tipo de plano tem a propriedade que nós, que estamos na região, temos de conhecer nossas demandas. Então, muitas coisas podem ter passado ou a pesquisa não ter pegado. Temos que fechar isso de forma metropolitana e com o Governo do Estado que está entrando agora”, comenta.


Ausência da ligação seca Santos-Guarujá segue causando problemas como filas na balsa entre as cidades
Ausência da ligação seca Santos-Guarujá segue causando problemas como filas na balsa entre as cidades   Foto: Matheus Tagé/AT

Vontades
Deputado estadual reeleito e coordenador da Frente Parlamentar de Apoio à Região Metropolitana da Baixada Santista, Caio França (PSB) atentou para a necessidade de vontade econômica e política do Governo Estadual.


“Não tem linha ideológica. É investimento para a Baixada. Penso que nós, os deputados estaduais e os federais, vamos nos juntar e cobrar. No que diz respeito aos projetos maiores—citaria o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o Viaduto da Curva do S e a ligação seca (Santos-Guarujá) —, são decisões de investimentos no orçamento do Estado. Claro que a União também tem que fazer a sua contribuição em uma parte deles. Temos recebido pessoas para morar na Baixada, além da sazonalidade. É pensar na Baixada dos próximos anos (...). Ou seja, temos bons argumentos para explicar ao Governo”, analisa.


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