Tribuna do Leitor: terça-feira, 27 de novembro de 2023

Eleições com a alma

A única verdade do artigo do engenheiro Alcindo Gonçalves, sobre as eleições na Argentina, na minha opinião, e respeito a do autor, foram os dois primeiros parágrafos, onde ele concluiu que após 40 anos de corrupção a Argentina chegou nesta situação caótica. Daí em diante, ele destacou que o candidato eleito construiu uma bem-sucedida imagem. Não hesitou em ser polêmico e sem conteúdo apenas com a forma de como ser notado na mídia lá e aqui pelo Sr. Alcindo. Suas ideias foram extravagantes e só teve sucesso porque soube como explorar os desejos dos eleitores indo ao inconsciente dos argentinos. Conclui, escrevendo que a imagem de um político-candidato não é simplesmente o seu retrato, sua figura é a sua reputação. Ele é um produto da complexa rede de símbolos e signos da direita, culminando que os eleitores foram atingidos na alma pelo candidato. “O imaginário se opôs à razão”. Sobre as pesquisas que não perceberam a vitória clara do candidato, isso todo mundo sabe como funciona. Isto posto, observei que o articulista não tem outra visão de mundo e não aceita outras verdades a não ser aquela que ele defende há anos e que já foi derrotada no nosso país uma vez e está sendo agora em outros países da América Latina e Europa. Não estou defendendo nenhum lado, defendo o combate à corrupção que é um fenômeno universal, todavia a impunidade é uma decisão local. Existem países que punem e outros não. Vejo que ele não cobra dos seus correligionários no Brasil a mesma postura usando a razão e não o imaginário; afinal ninguém foi visto devolvendo dinheiro roubado da Petrobras, CEF; ninguém foi julgado em 3 instâncias; não houve operação Lava a Jato; enfim copiaram o manual italiano “Mãos Limpas” que lá livrou todos os corruptos italianos da prisão e aqui para livrar os nossos corruptos. Por fim, caro senhor, acorde para o novo mundo que já chegou. Combata a corrupção e a impunidade no seu país e não se preocupe com a Argentina. Eles lá usaram o modelo de urna eletrônica com sistema de escâner que permite auditar a contagem, portanto, puderam votar com a alma. Que sorte! Sergio Fang - Santos

Pérola do Atlântico

Os políticos não param de me surpreender com suas ideias absurdas. Agora, Guarujá quer inventar essa taxa de preservação ambiental. Desculpa: diminuir o impacto gerado pelos veículos e pessoas de fora. Mentira. Quem mora na assim chamada Rua do Adubo terá alguma compensação pelos caminhões que nela transitam? Claro que não, nem aqueles que moram nas ruas onde esses veículos pesados passam. Poluição? Também não, porque era só realizar fiscalização de veículos quanto a emissão de gases. Trânsito caótico? Também não, porque a Prefeitura é incompetente para fiscalizar o transito (vide Vicente de Carvalho e Rua do Adubo, por exemplo). Fiscalização? Por câmeras, essas sim muito eficientes. Porque para garantir a segurança não servem pra nada. Ah... Mas vai ajudar a diminuir o turismo predatório. Balela. Quem quer vir, virá e pagará tal taxa e, portanto, só vai encher os cofres públicos. Tem também a questão do frete. Sabe quem vai pagar essa taxa no caso dos caminhões? O empresário? Vai nada. Ele repassa para o frete que se transforma em preço ao consumidor. Dinheiro a Prefeitura tem. O que falta é administração. Tirar comissionados e diminuir os salários dos que forem “necessários”. Aspas porque não são necessários, são apenas cabides de emprego (ou vai me dizer que o zezinho da esquina sabe mais do que um funcionário de carreira com 20 anos no cargo)? Fabricio Xavier Leonardo - Guarujá

Opinião

Um missivista defende a deputada Rosana Valle na Tribuna do Leitor, vangloriando os votos que ela recebeu. Verdade. Como é verdade que no curso de seus mandatos, a nobre deputada deixou bem claro que interesses defende no Congresso: da elite. Votou a favor da reforma da previdência, prejudicando milhões de brasileiros pobres e apoiando uma das maiores maldades perpetuadas contra o povo: a redução da pensão por morte que, coincidentemente, é matéria jornalística da edição de 24 de novembro deste jornal, onde o Governo, através do Ministro da Previdência, abriu estudos para alterar a maldade perpetuada na reforma com o aval da nobre deputada. Isso sem falar que a nobre deputada também votou contra a reforma tributária. Lamentável. Roberto Pereira de Carvalho - Santos

O cinema

A magia do cinema é muito difícil de expressar, é algo que se vive em cada sessão, em cada filme, em cada história. Emocionante, divertido, inspirador, um bom filme toca nossos corações e se torna inesquecível! Quem não se lembra neste momento de Cinema Paradiso? Ir ao cinema é algo que vai além de um mero passeio, é um ritual. Nada disto combina com o que se observa frequentemente: pessoas conversando e checando o celular durante o filme, realmente, difícil de entender... Meu reconhecimento e admiração a todos os que trabalham na indústria do cinema! Paciência! Andrea Cabrera - Santos