Tribuna do leitor, de 29 de novembro de 2022

Hoje, com as participações de Valter José Vieira, Pedro Cardoso da Costa e outros

Por: ATribuna.com.br  -  29/11/22  -  06:14
Prefeitura responde a leitora que reclamou das condições das calçadas em Santos
Prefeitura responde a leitora que reclamou das condições das calçadas em Santos   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Direitos humanos

Quem mora em favelas, em locais junto aos canais, passa por extrema dificuldade, sem o mínimo de atenção de órgãos públicos, de direitos humanos, de ONGs, de entidades de proteção à vida, de meios de comunicação, de executivos e do Legislativo. É preciso ir a campo, ver a imensa pobreza e as condições que aquelas pessoas vivem. Chuvas aumentam a desgraça. Todos precisam conhecer como vive essa população. Em São Vicente, a situação é a mais precária, passa dos limites. Aos 500 anos, a primeira é a última do Estado nessas condições. Os órgãos assistenciais, igrejas e todas instituições governamentais necessitam conhecer de perto o que a política é capaz. Resumindo: conheçam os canais de São Vicente, Dique Sambaiatuba, Caixeta, Pompeba e, em nome da solidariedade, façam algo a todos.

Valter José Vieira - São Vicente


Voto facultativo ou nulo

Há algo de estranho no silêncio dos chamados formadores de opinião quanto à obrigatoriedade do voto no Brasil. Mais grave ainda é quando se fala em reforma política: coloca-se em debate o financiamento de campanha sempre com o intuito de se ter mais gasto para o bolso do cidadão, questiona-se se o voto deve ser distrital ou não, e nada se diz sobre a liberdade de votar do cidadão. Outro ponto que não se discute é a diminuição do número de deputados, senadores e, principalmente, de vereadores. Talvez manifestações mais fortes do que as de junho ajudem a trazer isso à pauta do Congresso Nacional. Num País tido como democrático, não há dúvida quanto ao voto ser seu elemento principal. Entretanto, ele deve ser exercido com liberdade. Quando os especialistas renomados tratam do assunto, o que é raro, seguem a boiada no argumento de que o povo brasileiro ainda não estaria preparado. No mínimo, uma desfaçatez. Essa justificativa vem sendo utilizada há décadas, sem dizerem o que deve ser feito para preparar os eleitores, sem nada fazerem para que se alcance essa preparação. Fala-se de reforma política na mesma proporção da mordaça com relação ao voto obrigatório. Não existe momento mais oportuno para se tirar de vez a obrigatoriedade do voto, uma mácula indelével da nossa democracia. Os eleitores deveriam deixar claro aos políticos que, em 2024, ou votam por opção ou nulo.

Pedro Cardoso da Costa - São Paulo


Empatia

Gostaria de pedir encarecidamente ao Hospital Ana Costa um pouco mais de empatia com os seus conveniados. Meu pai tem 86 anos e precisa a cada três semanas substituir o cateter vesical. Ele mora em Praia Grande e é levado a Santos, porque o convênio não faz esse tipo de procedimento, que leva cinco minutos, na cidade onde ele mora. Fato ocorrido no dia 22 não foi a primeira vez. Meu pai (e todos os demais pacientes) tiveram que aguardar por horas, pois há uma única pessoa para fazer o procedimento, que, naquele dia, encontrava-se numa cirurgia. Na penúltima vez, diversos pacientes reclamaram na ouvidoria do hospital e é evidente que não resolveram o problema. O hospital não avisou ninguém novamente. Incluindo a minha mãe. O que se espera do serviço privado de saúde é que seja melhor do que o público, nem igual, nem pior.

Franz Josef Hildinger - Praia Grande


Prefeitura responde

Em atenção à carta Calçadas, publicada em 25 de novembro, a Prefeitura de Santos informa que implementou o programa Calçada para Todos, com a adoção de passeios em concreto desempenado, em padrão de acessibilidade e segurança, já presentes em mais de 68 km de 20 bairros santistas, incluindo as áreas dos canais e de equipamentos públicos. A Lei Complementar 908/2017 estabelece que passeios particulares sejam executados no novo padrão, assim como reparos em áreas que abrangem mais de 30% da calçada. E a fiscalização municipal trabalha para que a lei seja cumprida. Somente neste ano, já foram emitidas mais de 380 intimações para consertos. No caso de desnivelamentos causados por raízes de árvores, com risco aos pedestres, os reparos são realizados pelas equipes de serviços públicos. Denúncias sobre passeios irregulares podem ser feitas por meio dos canais da Ouvidoria Municipal, como o portal www.santos.sp.gov.br/ouvidoriadigital e o telefone 162.

Diretoria de Comunicação da Prefeitura de Santos


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