Tribuna do Leitor - 10 de março de 2021

Hoje, com as participações de Ademir Alonso Rodrigues, Luiz Flávio Martins de Andrade, Caleb Soares e Reinaldo Ferreira Mota Junior

Por: Da Redação  -  10/03/21  -  18:25

Bondes
É lamentável ver este meio de transporte ter sido desativado em nome do chamado progresso. Barato e de fácil implementação deveria ser revisto, adequando-o à nossa realidade ambiental, estrutural e, principalmente, financeira. Imagino o bonde trafegando pela orla da praia, atendendo um número maior de usuários a custo muito menor e fazendo interligação com o existente VLT. E que tal utilizar a estrutura férrea abandonada na Praia Grande para instalar o bonde, atender a população local e interligá-la a Santos? Barato e eficiente. Na Europa, é fácil encontrar bondes circulando entre carros e ônibus, com paradas semelhantes às que temos aqui. Se eles, que são ricos, podem, por que nós não podemos? Nossa mania de grandeza, impõem o VLT como opção, que é cara e causa transtornos com sua sofisticada instalação. Um bom exemplo é a ramificação para o Valongo, passando pela rua Campos Melo, que mal atende o tráfego de carros e que vai, provavelmente, desestabilizar as quase centenárias edificações locais. Haja dinheiro e falta de bom senso. Saudades do bonde.
ADEMIR ALONSO RODRIGUES – SANTOS


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Modernidades
A queda, magistralmente relatada em artigo de Maurilio Tadeu de Campos, fornece subsídios a estes rescaldos. Enseja, primeiramente, solidariedade, pelo acidente sofrido, e destaco estar o ilustre autor, "agradecido a Deus". Isto importa e muito. Agradecidos a Deus, devemos estar constantemente! No caso, a queda possibilitou-lhe reerguimento, algo altamente positivo. Compartilho, igualmente, não apreciar hipermercados, nem garantia estendida, ou qualquer cartão outro, além dos necessariamente convencionais. Simpatizo mais com pequenos estabelecimentos e enalteço a tenacidade dos respectivos empresários, enfrentando concorrência tão desigual. Incluo outras antipatias, como shoppings em geral. Atuando profissionalmente, sempre obtive melhores resultados, evitando que pessoas aderissem ao tal sistema. Basicamente, os empreendedores propõem contrato de adesão e não admitem discussão de cláusulas. Rigor cruel contra pequenos empresários e favorecimento aos grandes, as chamadas "lojas âncoras". Outros exemplos do que detesto, nesta minha contramão a modernidades: franquias, por tolherem liberdades aos aderentes; serviços de automóveis de aluguel, com placas particulares e dirigidos por amadores; compras através da internet, causa de problemas incontáveis; e paro nestes que não param, os entregadores de alimentação, por conta de empresas especializadas, que dominam esse mercado. Deus do céu, haja paciência!
LUIZ FLAVIO MARTINS DE ANDRADE – SANTOS


Bom senso
Volto a esta coluna para denunciar a irresponsabilidade ou a falta de bom senso de pessoas e de entidades perante o gravíssimo aumento de vítimas da Covid-19. Irresponsáveis grande parte da população do Brasil e o desgoverno federal, sabotador da compra de doses da vacina, tendo à frente o presidente da República. Fiz recente pesquisa de campo e constatei: de dez pessoas, só três usavam máscaras. E as aglomerações em festas e bailes clandestinos? Faltam bom senso e sabedoria aos responsáveis por estabelecer regras de controle da situação, para evitar o pior. O resguardo até dia 19 pode conter ou diminuir o número de casos. Será que após essa data o vírus vai dormir e não atacará? Mas a maior falta de bom senso é do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde Municipais, oposto à ideia de formação de consórcio pela Frente Nacional de Prefeitos, disposta a comprar vacinas. Com tal medida, segundo informações da imprensa, poderiam ser vacinadas 60% da população brasileira.
CALEB SOARES – SANTOS


Ignorância
Nesse período pandêmico, parece estarmos vivendo aquele ditado: “em casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”. Uns querem mais restrição, outros querem o comércio funcionando. A quem dar razão? Em certo sentido, cada um tem razão no que diz, mas qual é realmente o melhor para todos? O pior é ver as pessoas brigando e, não raro, se batendo por não concordar com o outro. Talvez esse seja o pior aspecto da pandemia. As mortes decorrem de uma ação do vírus; a ignorância violenta, da ação humana.
REINALDO FERREIRA MOTA JUNIOR - PRAIA GRANDE


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