As escolas voltam a ganhar vida e colorido com o retorno às aulas. Para os educadores, em meio a planejamentos e expectativas, que haja a consciência da beleza de sua missão: ser um agente de mudança e crescimento na vida dos alunos. Tudo começa com olhares atentos para o bom acolhimento no período de adaptação escolar.
Famílias, crianças, profissionais e equipe gestora vão iniciar juntos uma caminhada. Então, que possam compartilhar um ambiente educacional rico, estimulante e transformador. Educandos e seus responsáveis embarcam nessa viagem trazendo na bagagem conhecimentos, experiências, vivências e habilidades, que devem ser considerados e respeitados.
O reconhecimento, pelo educador, quanto à riqueza desses conteúdos faz aflorar, em pais e alunos, sentimentos de pertencimento e de relevância, que favorecem o interesse e a participação ativa, em saudável convivência colaborativa e de respeito mútuo.
A viagem em sala de aula começa com um roteiro planejado, mas que deve ser flexível, remanejado e repensado, a partir da realidade cotidiana. O destino pedagógico deve contemplar a construção diária, as descobertas, o fazer fazendo, para possibilitar contexto de aprendizagem dinâmico e produtivo.
Quando famílias e crianças são inseridas no processo e exploram juntas as possibilidades ao longo do movimento, a viagem torna-se mais tranquila e repleta de significados, enriquecida pela troca de olhares.
As crianças devem se sentir à vontade para expressar ideias, fazer perguntas e compartilhar descobertas, sem receios.
Assim, se sentirão seguras e desenvolverão autoconfiança e autonomia. É crucial enxergar os educandos em sua totalidade, indo além da ideia de que são apenas humanos em crescimento. Não são recipientes a serem preenchidos sob a perspectiva do adulto. Merecem olhar integral, e não multifacetado, precisam de estímulos para despertar a riqueza que trazem consigo.
As indagações devem ser respondidas com entusiasmo, para encorajar a exploração e o pensamento crítico. Assim, o aluno vai sendo conduzido ao protagonismo do próprio desenvolvimento e à construção do aprendizado, com apoio e orientação adequados. Nas situações de conflito, as soluções devem ser buscadas com empatia e acolhimento humanizado.
São valiosos os esforços para estabelecer ambiente seguro, acolhedor e afetuoso. É o momento de professor e equipe gestora equilibrarem preparo técnico e sensibilidade, reconhecendo a importância e a eficácia do papel que exercem como mediadores.
Há quem possa dizer que, nos desafios do ambiente escolar, “a teoria na prática é outra”.
Ninguém está dizendo que é fácil. Existem questões sociais, comportamentais, materiais e individuais efetivamente desconcertantes. Mas, tudo fica mais leve quando se reconhece que educar não é ato solitário.
Que em 2024 a viagem educacional seja simplesmente libertadora. Que o professor inicie o ano letivo com energia positiva e entusiasmo renovado diante da certeza do seu papel fundamental de lançar sementes que, futuramente, farão a diferença na educação e, acima de tudo, na sociedade.