Um dia para homenagear os heróis do Haiti

No dia 12 de janeiro de 2010, 18 heróis brasileiros perderam sua vida durante o terremoto de magnitude 7 que devastou Porto Príncipe, provocando uma crise humanitária sem precedentes

Por: Tenente Coimbra  -  19/01/21  -  09:40
Caixões com corpos de militares mortos no terremoto no Haiti, durante cerimônia em Brasília
Caixões com corpos de militares mortos no terremoto no Haiti, durante cerimônia em Brasília   Foto: ED FERREIRA/Estadão Conteúdo

Coronel Emilio Carlos Torres dos Santos; Coronel João Eliseu Souza Zanin; Tenente-coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros; Major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho; Major Marcio Guimarães Martins; 1º Tenente Bruno Ribeiro Mário; Subtenente Raniel Batista de Camargos; 2º Sargento Davi Ramos de Lima; 2º Sargento Leonardo de Castro Carvalho; 3º Sargento Rodrigo de Souza Lima; Cabo Ari Dirceu Fernandes Júnior; Cabo Washington Luiz de Souza Seraphim; Cabo Douglas Pedrotti Neckel; Soldado Antonio José Anacleto; Soldado Tiago Anaya Detimermani; Soldado Felipe Gonçalves Júlio; Soldado Rodrigo Augusto da Silva; e Soldado Kleber da Silva Santos. Esses são os nomes dos 18 heróis brasileiros que, no dia 12 de janeiro de 2010, perderam sua vida durante o terremoto de magnitude 7 que devastou Porto Príncipe, provocando uma crise humanitária sem precedentes.


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Dois desses militares, o cabo Ari Dirceu Fernandes Júnior e o soldado Kleber da Silva Santos, serviam em São Vicente. Eles integravam a Força de Paz da Organização das Nações Unidas, sob o comando do Exército Brasileiro. São verdadeiros heróis da nossa região, que precisam receber o reconhecimento e valorização tão merecidos a quem perdeu a vida para ajudar os mais necessitados. A memória deles precisa ser preservada para que suas histórias sirvam de exemplo para as futuras gerações.


Por isso, todos os anos, saudamos a memória desses 18 militares que integravam a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). Eles estavam no país em uma missão de caráter humanitário e perderam suas vidas para ajudar a população, cumprindo o seu dever. O terremoto, considerado o quinto mais grave da história do mundo, deixou 200 mil mortos, 300 mil feridos e 1,5 milhão de desabrigados. O desastre natural deixou um rastro de destruição. Milhares de edifícios foram completamente danificados, incluindo o Palácio Presidencial, o edifício do Parlamento e a sede da MINUSTAH.


Se antes a presença dos militares já era importante, depois da catástrofe, se tornou essencial não só para a manutenção da paz, mas para as ações de resgate, de assistência humanitária e de reconstrução do país. Nossos militares que sobreviveram ao terremoto ajudaram a distribuir milhares de toneladas de alimentos, fizeram milhares de atendimentos médicos, inclusive cirurgias, e atenderam aproximadamente 40 mil pessoas.


Criada em 2004, a MINUSTAH tinha a função de conter a deflagração de uma guerra civil naquele país. Durante 13 anos, foram nossos militares que comandaram a missão, restaurando a segurança e a paz em vários pontos do país.


A atuação de todos no Haiti é motivo de orgulho não só para o Exército, mas para os brasileiros. Aos nossos heróis, o eterno agradecimento, respeito e reverência. Vocês nunca sairão das nossas memórias e preces!


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