A fatídica linguagem neutra

“Não é inclusivo, é apenas ideológico”

Por: Tenente Coimbra  -  27/07/21  -  07:56
 A fatídica linguagem neutra
A fatídica linguagem neutra   Foto: Chari Bercián/Unsplash

A linguagem neutra, também chamada de “pronome neutro”, “linguagem não binária” ou “neolinguagem”, é a proposta de adaptação da língua portuguesa para que as pessoas não binárias (quem não se identifica nem com o gênero masculino nem com o feminino) se sintam “representadas”.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Assim, “amigo” ou “amiga” virariam “amigue” ou “amigx”, segundo uma das propostas.


A proposta de uma terceira forma que vá além do A para o gênero feminino e do O para o gênero masculino é, basicamente, a utilização de uma terceira letra para se referir a todos, sem particularizar gênero inclusive para aqueles que não se identificam com a binariedade – ou seja, não se sentem confortáveis em se associar nem ao feminino, nem ao masculino.


Uma alteração da língua que é proposta por grupos, como essa da linguagem neutra, fica apenas restrita a grupos. É impossível que ela atinja todos os falantes da língua. Isso porque ela não é natural, é acientífica, esse dialeto não tem nenhum embasamento linguístico ou científico. Hoje essa linguagem é só gíria de uma bolha.


Como querer mudar toda uma estrutura de linguagem em um país onde a cada ano aumenta o número de crianças e adolescentes analfabetos?


Essas pessoas deveriam "militar" por um Brasil melhor, em ajudar as pessoas a vencerem o analfabetismo,11 milhões de brasileiros sequer sabem ler ou escrever.


Além disso, não é muito inteligente defender que a linguagem neutra é a melhor maneira para combater o preconceito. Nós sabemos que a pessoa preconceituosa não mudará seu comportamento por conta dessas alterações, já que a intolerância não tem a ver com a gramática, mas sim com o comportamento de cada um.


Para tentar conter movimentos desse tipo temos o projeto das Escolas Cívico-Militares, que tem o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas públicas e se baseia no alto nível dos colégios militares do Exército, das polícias e dos Corpos de Bombeiros Militares. Os militares atuarão no apoio à gestão escolar e à gestão educacional, enquanto professores e demais profissionais da educação continuarão responsáveis pelo trabalho didático-pedagógico.


O objetivo final é proporcionar a oportunidade de melhoria no ensino e no ambiente, em escolas localizadas em áreas de vulnerabilidade social e com baixa média no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”. “É um modelo de gestão compartilhada que dá resultado em inúmeras cidades do país. Fico muito feliz em ser pioneiro e o deputado que levanta essa bandeira em nosso estado”,


Os “lutadores” da causa que não conseguem definir se são homens ou mulheres tentam controlar nosso jeito de falar, de pensar e, num futuro próximo, nosso jeito de agir. E aqui cabe um questionamento, porque não lutam pela inclusão da linguagem de sinais, por exemplo?


Não consigo ver sensibilidade alguma em quem defende esse padrão de linguagem porque, em nome de uma ideologia, exclui milhões de brasileiros que enfrentam muitas barreiras para aprender a norma atual.


Não é inclusivo, é apenas ideológico!


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter