Com 'Choque Rei' na final, Paulistão terá primeiro técnico estrangeiro campeão desde 1975

Decisão do estadual bota em confronto os ótimos trabalhos de Hernán Crespo e Abel Ferreira no início da temporada

Por: Roberto Monteiro  -  17/05/21  -  09:28
Atualizado em 17/05/21 - 10:27
 Independente de quem vencer, Paulistão terá técnico estrangeiro campeão
Independente de quem vencer, Paulistão terá técnico estrangeiro campeão   Foto: Divulgação/São Paulo/Palmeiras

Amigos, o Paulistão 2021 todo atropelado pela pandemia chega a sua reta final com uma decisão entre São Paulo e Palmeiras, que não acontece desde 1992, quando deu tricolor. Já em 1996 o Palmeiras ganhou os dois turnos da competição deixando o São Paulo como vice. O chamado "Choque Rei" tem sua força muito mais baseada na incrível rivalidade histórica desde a Segunda Guerra Mundial, quando o São Paulo era o clube dos chamados "paulistas quatrocentões" e a Societá Palestra Itália era o time da colônia italiana e por pressão intensa do tricolor foi obrigado a mudar seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras. Desde a final de 20 de Setembro de 1942, o dia da "arrancada histórica" em que o Palmeiras entrou em campo carregando uma Bandeira do Brasil e venceu o São Paulo por 3 a 1 no Pacaembu e saiu Campeão Paulista.


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Essa final esperada marca um encontro de duas equipes em momentos distintos quando até então somente o São Paulo mostrou estar focado diretamente na conquista do título que não vê desde 2005 e o Palmeiras que vinha sem prioridades na competição em razão da disputa da Libertadores e do incrível atraso no encerramento da temporada 2020 em meio a tantas disputas de títulos. Agora parece que os dois clubes entram na disputa do título para valer, mesmo misturados com a Libertadores em sua fase de grupos. O Palmeiras já se garantiu como primeiro do Grupo e o São Paulo depende somente de si mesmo em luta direta com o argentino Racing pela liderança do grupo.


Tipo de final em que aparentemente o São Paulo está em melhor momento graças ao grande trabalho do técnico Hernan Crespo que deu ao tricolor um forte jogo coletivo com marcação e muita velocidade no ataque. Ainda devo ressaltar o grande momento técnico do argentino Benitez que veio do Vasco para mostrar que ainda existem jogadores de criação com muita qualidade e visão de jogo, características em extinção no atual futebol brasileiro. Já o time de Abel Ferreira se vale de seu elenco numeroso e muito forte tecnicamente que vem buscando títulos a cada disputa mesmo tendo jogado um número assustador de partidas só na temporada 2021. Detalhe especial para ambos os clubes é o aproveitamento maciço de jogadores da base em meio aos mais experientes o que torna o trabalho ainda mais valorizado.


Importante ressaltar que essa final também nos trará um novo treinador estrangeiro como Campeão Paulista, coisa que não ocorre desde 1975 quando o São Paulo foi campeão sob o comando de seu ídolo eterno, o ex-goleiro argentino José Poy.


Assim diante de tal equilíbrio fica difícil dizer quem é o favorito nas duas partidas finais


Para encerrar não posso deixar de destacar o Corinthians, que venho afirmando nesse espaço ter sido o time mais incoerente do Paulistão pois tem um elenco limitadíssimo, má qualidade técnica e mesmo assim terminou com excelentes números. Apesar disso, o técnico Vagner Mancini que fez um bom trabalho no último Brasileirão tirando o Corinthians de uma ameaça séria de fracasso e deu nova cara ao time no decorrer do Paulistão acabou sendo considerado culpado pelo fracasso na Copa Sul-americana e responsavel pela péssima política de contratações do clube, que tem uma dívida altíssima e nenhuma possibilidade de melhorar seu elenco para o próximo Brasileirão, ou seja vem aí um novo e retumbante fracasso corintiano...


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