Como meditar e obter benefícios para a saúde?

Por:  -  21/01/19  -  23:45

A meditação para iniciantes deve iniciar com práticas simples, como sentar em uma posição confortável, ou no chão, com as pernas cruzadas em “lótus”, ou ajoelhado ou, se forem posições difíceis, por limitações físicas, em uma cadeira confortável, pernas descruzadas, com os olhos cerrados, e permanecer atento à respiração.



Para facilitar pode fazer uma contagem até três, na inspiração e na expiração.
Se perceber que se distraiu durante a prática, somente observe até onde sua mente foi e a traga de volta, retornando a prática de prestar atenção, quantas vezes for necessário. Faça isso durante pelo menos três a cinco minutos, duas a três vezes ao dia.


Vá aumentando gradualmente o tempo conforme se sentir mais confortável e habituado.
Práticas complexas, com gestos, posturas e outras tarefas no início, ou praticar por tempo muito prolongado sem que tenha tido tempo de se adaptar podem desmotivar o praticante.
Porém todas essas percepções de facilidade, ou dificuldade são individuais, variando de praticante a praticante.



Cada um deve encontrar sua própria maneira de iniciar, manter e aprofundar na prática da meditação.
Para meditar é necessário vontade, dedicação à prática, paciência e disciplina.



Como todo novo hábito, as dificuldades iniciais acontecerão. Desmotivação, cansaço, percepção que não está evoluindo, distração, dúvidas se está fazendo certo e outras podem levar o praticante a não continuar e desistir.



Se você tiver a vontade de investir na prática e colher os frutos adiante, deve aprender com alguém que tenha experiência, se dedicar, ter disciplina na prática, com horários definidos, e cumprir suas próprias regras, sem desculpas.



Com o tempo, os resultados começam a aparecer, o que motiva o praticante a continuar e ir além.
A respiração pode ser trabalhada de diversas maneiras na prática da meditação.



Desde a observação da respiração, sem interferência, até respirações específicas, com contagens e pausas diversas nos ciclos de inspiração, e expiração, direcionar mentalmente a respiração a locais do corpo, associar a respiração a visualizações e mantras, que são palavras ou frases utilizadas na prática.



Normalmente tudo o que fazemos tem algum objetivo.Geralmente quem busca a meditação o faz por querer resultados, ou mais saúde, calma, gerenciar as emoções, lidar com a ansiedade e estresse, utilizar como prática integrativa, associar a tratamentos de saúde, buscar qualidade de vida.
Porém todos esses objetivos devem ser esquecidos durante a prática.



Quem pratica esperando resultados está com a mente em outro lugar, e isso por si já vai contra a definição de meditação, o Mindfulness, que é estar presente naquilo que faz.



No momento da meditação devemos estar focados no presente, no aqui e agora, na própria prática.
Para isso usamos as âncoras como a observação da própria respiração, ou de algum ponto no corpo, uma postura etc..
A roupa pode ser, quando possível, mais confortável, que não aperte nenhum local do corpo distraindo da prática.



O horário da prática dependerá das atividades diárias.



Se puder reservar alguns minutos em que possa estar em um local sem excesso de ruídos ou movimentação geralmente se consegue um foco melhor, sem distrações, para a prática. Caso contrário, melhor meditar da melhor maneira possível nas condições que se apresentam, do que não meditar.



Com o tempo e a prática, aprendemos a ter uma postura meditativa, e as distrações externas passam a ter menos influência no resultado da prática.
A natureza é um ambiente propício para meditar. Um campo, local com árvores, beira mar, próximo a cachoeira, sempre cria um clima mais harmonioso e agradável, favorecendo a prática da meditação.
Quando isso não é possível, a pessoa deve utilizar as condições possíveis e aprender a praticar da melhor maneira que se apresentar.
Um ambiente com menos barulho, talvez uma música suave instrumental de fundo, podem ajudar a manter o foco na prática até que o estado de meditação seja interiorizado e o ambiente tenha cada vez menos influência.
Procure uma posição confortável.
Sentar em uma cadeira com as costas apoiadas, pés descruzados no chão, mãos apoiadas nas pernas, sem esforço, naturalmente.
Até a posição deitada é possível, porém ao deitarmos o estado de relaxamento pode induzir ao sono, e a meditação é diferente de dormir.
Com o tempo posições mais elaboradas das mãos, e outras posturas podem ser treinadas dependendo da escola de meditação que se esteja praticando.
Se sentir dor, pode ser que esteja em uma posição desconfortável ou pouco natural. Procure orientação e se necessário uma avaliação médica para diagnosticar um possível problema postural ou alguma doença que esteja causando a dor, que não é natural na prática da meditação.
Obter benefícios de uma prática meditativa depende da prática e da dedicação.
O tempo para perceber os resultados da meditação são variáveis para cada pessoa.
Dependem do tempo de prática, da dedicação, da motivação e até das expectativas.
Devemos praticar a meditação sem expectativas de resultados, pois isso distrai o praticante, e pode gerar ansiedade e estresse, justamente o que normalmente se quer trabalhar com a meditação.
A prática da meditação auxilia a melhorar a atenção e o foco. No início é comum perder o foco e se distrair frequentemente durante a prática.
A dica é não desistir porque não se conseguiu grandes resultados e percepção de mudança logo no início.
Nada do que começamos a fazer traz grande evolução em pouquíssimo tempo, e com a meditação também não é diferente.
Use a supervisão de um instrutor experiente, e pratique diversas formas de meditar até encontrar aquelas que sejam mais efetivas para você.
E não desista rapidamente. Toda nova prática demora um tempo até se transformar em um hábito. Isso requer dedicação, persistência e paciência.
Toda pessoa que persiste, obtém resultados em algum momento.
Meditar é uma prática como muitas outras. Não requer que se tenha posturas difíceis, ou movimentos que sejam impossíveis de conseguir.
Para que nos acostumemos a algo novo, é imprescindível a dedicação, disciplina e a paciência, além de acreditar que em algum momento a prática trará mudanças e resultados.
Meditar não é “não pensar em nada”, pois quando pensamos em algo em termos negativos, nosso cérebro imagina aquilo que não queremos.
Por exemplo se você der a alguém um comando do tipo “não pense em um elefante azul”, imediatamente a pessoa pensará.
Quando fazemos práticas de meditação, ao contrário do que se imagina, não buscamos o “não pensar’. Focamos a atenção na respiração, ou em algum local do corpo, em uma música, imagem, um mantra, e isso funciona como uma âncora mantendo lá nossa atenção, e como consequência, a mente se acalma e os pensamentos diminuem.
Se quiser obter os resultados da meditação, que são inúmeros, na saúde física e mental, pratique, seja persistente e dedicado, e obterá no seu tempo os gratificantes resultados.
Roberto Debski


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter