Vacina para salvar vidas e a economia

Santos já ocupa o segundo lugar em vacinação no Estado de São Paulo, entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, em termos proporcionais

Por: Paulo Alexandre Barbosa  -  26/02/21  -  13:42
Atualizado em 26/02/21 - 14:12
Governo brasileiro corre para comprar a vacina Sputnik v
Governo brasileiro corre para comprar a vacina Sputnik v   Foto: Divulgação

“Para cada doença, há uma cura. Para cada vírus, há uma vacina. O destino da humanidade está em suas mãos”. A frase extraída do seriado futurista de ficção científica dinamarquês “The Rain” expressa o sentimento e o desejo do ser humano de se buscar a todo custo possibilidades de trazer de volta a vida das pessoas, com prioridade à retomada do emprego, geração de renda e a garantia da subsistência.


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Nossas medidas de combate à covid-19 foram importantes para que a cidade e a Baixada Santista migrasse para a fase amarela do Plano SP, a qual estamos hoje e que permite a ampliação do funcionamento das atividades econômicas. Abrimos novos leitos, compramos respiradores e contratamos profissionais de saúde, além disso, conseguimos o pagamento de auxílios financeiros, entre outras ações. Também garantimos os suprimentos necessários para a prestação dos serviços e realizamos mais de 140 mil testes para identificação da doença. Santos fez três vezes mais testes que a média brasileira.


Outra excelente notícia dá conta que o município já ocupa o segundo lugar em vacinação no Estado de São Paulo, entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, em termos proporcionais. Levantamento divulgado recentemente revela que 7,4% da população santista já recebeu ao menos a primeira dose de vacina.


Por outro lado, não resta dúvida de que o setor econômico tenha sido duramente castigado por conta das inevitáveis medidas de isolamento social tomadas em função da pandemia do novo coronavírus. A decisão sobre o fechamento das atividades não essenciais visava cuidar da saúde das pessoas e, agora, após a oferta e aplicação das vacinas disponíveis, tornou-se primordial tirar do papel iniciativas eficazes que tragam resultados em médio e curto prazos.


Na nossa gestão à frente da Prefeitura de Santos, entre 2013 e 2020, mesmo antes da crise sanitária, planejamos soluções para fomentar o comércio, principalmente no Centro Histórico, que vive uma redução de demanda e escassez de público que já dura algumas décadas. Debatemos e colocamos em prática algumas ações importantes para que os comerciantes recuperassem o fôlego e os investimentos perdidos ao longo dos anos por conta da queda de patamar.


A receita seguida foi a de estimular o empreendedorismo como único caminho para sair da crise. Implantamos o Programa Santos Criativa, um marco para a história da região Central, com isenção fiscal e incentivos à geração de empregos e revitalização do coração da nossa Cidade. Os empresários que se instalam ou permanecem no Centro tem direito a redução de 50% do IPTU e isenção total de diversos impostos municipais, como ISS e ITBI.


Ainda com a ajuda dos comerciantes, empresários e diversos representantes da sociedade civil, anunciamos um grande pacote de investimentos e ações imediatas para revitalizar e impulsionar o desenvolvimento econômico. O Novo Centro Velho garantiu um investimento na ordem de R$ 44 milhões para reformas e modernização de diversos equipamentos importantes, como a Rodoviária, Praça da República, o Outeiro de Santa Catarina, a Casa do Trem Bélico, os teatros Guarany e Coliseu, além do Paço Municipal e a Sala Princesa Isabel.


Outras ações vão contribuir para as mudanças, como as alterações na lei de uso e ocupação do solo para novos investimentos e até mesmo empreendimentos habitacionais. A etapa II do VLT, que já está em execução, vai levar as pessoas de volta ao Centro de Santos.


Significa dizer que temos que sincronizar os trabalhos de forma a frear as contaminações e criar condições para manter as empresas em pleno funcionamento, uma batalha diária em torno de tais objetivos. Com esperança, devemos buscar obstinadamente a vacina que possa salvar vidas e, simultaneamente, a economia da Cidade. Como na canção de Lulu Santos, “Para todo mal, a cura”.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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