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Maxwell Rodrigues

Quem quer dinheiro?

Essa era uma das mais conhecidas frases ditas por Silvio Santos

Maxwell Rodrigues

23 de outubro de 2024 às 06:39
Quem quer dinheiro?

( Foto: Unsplash )

(Unsplash)

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“Quem quer dinheiro?”. Essa era uma das mais conhecidas frases ditas por Silvio Santos. Ele fazia a pergunta quando interagia com sua plateia, tirando do bolso notas de dinheiro, dobradas em formato de “aviõezinhos de papel”, e as jogava para o alto. Silvio Santos, nome artístico de Senor Abravanel, foi um dos maiores apresentadores de TV e empresário amplamente reconhecido como a maior referência na história da comunicação. O patrimônio líquido dele, que morreu em 17 de agosto, aos 93 anos, foi estimado em US$ 1,3 bilhão em 2013, sendo a única celebridade brasileira na lista de bilionários da revista Forbes. Em 2024, foi divulgado que o total era de R$ 3,9 bilhões, somando imóveis e pelo menos 35 empresas.

Silvio foi um grande empresário e investidor no Brasil. Tanto ele quantos outros acreditam que por aqui podemos criar oportunidades e desenvolver riqueza. Uma pessoa que empreendeu diante de tantas adversidades e dificuldades. Mas, em nosso País, apesar de tantos dissabores políticos e econômicos, caminhamos a pequenos passos e continuamos a atrair investimentos. Existem aqueles pessimistas que, por meio de discursos vazios, ameaçam rotineiramente que o Brasil perderá investimentos. Não perdemos e não deixaremos de ser atrativos em várias áreas, em especial nos setores portuário e marítimo.

Recordo-me da sanção da Lei de Modernização dos Portos e, naquela época, jamais imaginaria que estaríamos no patamar de investimentos que vivemos atualmente. É armador que compra terminal, que por sua vez compra empresa de logística, que compra transportadora, que vende para armador, que investe em infraestrutura, que vende para fundo de investimentos, que compra terminal e assim o ciclo continua. Contudo, o Brasil não é para amadores e isso já sabemos. Muitas oportunidades são desperdiçadas pela conhecida instabilidade jurídica e política, mas mesmo assim ainda somos atrativos ao mercado internacional.

Recentemente, um grupo francês comprou um terminal por R$ 6,3 bilhões e um outro acordo com contrato de compra e venda de ações, anunciado no domingo, foi feito no valor total de R$ 4,352 bilhões. Esse último contrato, por sinal, permite o pagamento aos seus acionistas dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração, com sequência de pagamentos de dividendos aos seus acionistas equivalente a US$ 22 milhões, por trimestre, durante o período anterior ao fechamento da operação.

O fechamento da operação está sujeito à verificação das condições usuais para transações desta natureza, incluindo, mas não se limitando, à aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). São duas operações que chegam a mais de R$ 10 bilhões e certamente movimentarão de forma significativa o mercado portuário e marítimo brasileiro.

De um lado, o Cade tem de continuar vigilante e responsável por instruir processos administrativos para apurar infrações à ordem econômica, assim como os processos de análise de atos de concentração. Uma tarefa não muito fácil. De outro lado a Antaq irá regular e supervisionar as atividades de prestação de serviços e exploração da infraestrutura de transportes aquaviários. Será cada vez mais demandada devido ao tamanho interesse do mercado internacional em nossas operações. A agência não pode ser politizada e deve continuar com sua independência.

Muitos comemoram o que antes não poderia ser feito, enquanto outros estão atordoados com os últimos movimentos. O certo mesmo é que somos um país atrativo para o capital e jamais deixaremos de ser. Temos, a cada dia, que preparar todos os envolvidos para que possamos construir e crescer diante desses movimentos com tamanho volume de dinheiro injetado. Unir a força do capital, com boas políticas públicas, e preparar a infraestrutura para atrair cada vez mais quem queira investir aqui. Silvio Santos já dizia: "Quem quer dinheiro?" O Brasil quer e todos nos também. Não demonizem o lucro!

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