Não é só o homem que pode tudo

A mulher também tem direito de exercer sua sexualidade com liberdade e segurança

Por: Marcia Atik  -  15/04/23  -  12:56
Ainda hoje as mulheres têm a ideia de que o único beneficiário de uma vida sexual prazerosa é o homem
Ainda hoje as mulheres têm a ideia de que o único beneficiário de uma vida sexual prazerosa é o homem   Foto: Imagem ilustrativa/Pexels

Aproveitando um e-mail que recebi de uma leitora, em que ela diz que precisa baixar uma entidade para acatar os desejos sexuais de seu companheiro, resolvi falar mais de sexualidade feminina, me antecipando ao mês de março em que fatalmente esse assunto virá à baila.


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Esse e-mail me enseja a falar de algo ainda muito complicado e difícil de viver naturalmente. Estou falando do direito que a mulher tem de exercer sua sexualidade com liberdade e segurança.


Qualquer pessoa pode estar se dizendo que isso é papo furado, pois desde os anos 60 as mulheres estão totalmente liberadas, e isso é verdade na teoria e não necessariamente na prática.


Ainda hoje as mulheres têm a ideia de que o único beneficiário de uma vida sexual prazerosa é o homem e a nossa cultura reforça isso. Mesmo quando se acredita ter direito, a mulher não sabe entrar em contato com seu desejo e colocá-lo em prática.


As meninas, salvo exceções, ainda são criadas e educadas tendo como parâmetro um homem para quem tudo é permitido e que a elas só resta aceitar a submissão.


Essa é a verdade que está no inconsciente feminino, impedindo que as mulheres usufruem também de seu corpo e de seu parceiro com carinho e cumplicidade achando que estão apenas cumprindo um dever.


Perceber que seu corpo reage aos estímulos sexuais e permitir-se viver isso com foco no seu prazer e não em obrigações ou papéis definidos, ajuda com que as mulheres entrem em contato com o mais íntimo de seu ser e reconhecendo o seu direito e potencial sexual sejam donas de sua trajetória usufruindo de sua sexualidade com alegria, prazer e encontro com a pessoa por quem tem afeto e ou desejo.


Tão simples, não é? Porque é tão difícil de aceitar e incorporar?


Pensemos nisso mulheres, homens, mães e pais.


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