A sexualidade e o amor não têm idade para felicidade
'Desclassificação' do sexo feminino após certa idade é assunto necessário para ser colocado em pauta
Tomei a decisão de não olhar mais as mensagens do celular após as 20 horas, o que for urgente não se limita a uma mensagem do celular, mas sim a um toque de chamamento. Sendo assim, todo dia ao acordar tenho várias mensagens para dar conta.
Hoje, por acaso, uma delas me chamou a atenção, era um daqueles ‘filminhos engraçados’ para começar bem o dia, mas esse em especial tocava num ponto interessante, que era a desclassificação da mulher após uma certa idade.
Pois bem, na hora fiz um ‘link mental’ - psicólogos são bons nisso - com algo que vivi recentemente.
João (nome fictício, claro), de 22 anos, estava morando junto, quer dizer, ‘acasalado’ com Maria, de 48 anos. Quem me contou foi a própria mãe de João, que falava com muito pesar.
Conversa vai, conversa vem, essa mãe também me contou que estava feliz em seu novo relacionamento que, por acaso, era com um homem 16 anos mais velho do que ela. Mas, espera aí... Qual a diferença entre ela e o filho?
A resposta é 'simples', já que, no caso do filho, a mulher era a mais velha da relação.
Vale a pena refletir sobre isso numa época em que partilhamos tantas mudanças de crenças, em que adoramos dizer que não somos pessoas preconceituosas, mas ainda colocamos a mulher com um valor ligado à sua juventude.
Sem querer fazer publicidade de um produto, desses que se dizem “milagrosos” com o mesmo nome, temos um movimento mundial chamado “Ageless”, que na tradução livre significa “sem idade”, “eterno” ou “sempre jovem”. Assim que devemos considerar os afetos, totalmente sem idade, senão eles estariam apenas atrelados à aparência e ao externo. Como nossas avós diziam, em meu trabalho com casais, confesso que concordo, que o “feio bonito lhe parece se for aquela pessoa que preencha suas expectativas de afeto, compreensão e cumplicidade”.
‘Bora lá’ ser feliz com aquele ou aquela que, independentemente da idade, da altura ou da cor da pele, seja um bom parceiro para essa caminhada, principalmente pois os caminhos do desejo, por mais que queiramos explicar, são particulares e seguem regras que não são discutíveis.
Outro dia, li algo mais ou menos assim: “Não busque alguém apenas para dormir com você, mas procure aquele com quem terá prazer de acordar ao lado”. Isso faz muito sentido!
