FOODTECH: startups com soluções voltadas ao setor de alimentos cresceu 246% na última década

O segmento de alimentação cresceu muito em 2020

Por: Leonardo Barbosa Delfino  -  19/10/21  -  20:35
 FOODTECH: startups com soluções voltadas ao setor de alimentos cresceu 246% na última década
FOODTECH: startups com soluções voltadas ao setor de alimentos cresceu 246% na última década   Foto: Freepik

O segmento de alimentação cresceu muito em 2020. As soluções de tecnologia, como aplicativos de delivery, ajudaram as empresas a vender mais durante o isolamento social. Os downloads dos aplicativos cresceram 700%, só em São Paulo, é o que revela a empresa AppsFlyer. Essas e outras soluções tecnológicas fazem parte do conceito de foodtechs.


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Foodtechs no entanto não são apenas esses recursos, eles também estão relacionados com a produção dos alimentos em si. Entenda melhor o que são as foodtechs, quais são as vantagens de usá-las nos negócios e como anda o mercado brasileiro.


O que são Foodtechs?
Foodtechs são empresas que utilizam a tecnologia no desenvolvimento de produtos alimentício, tornando o setor mais inovador e disruptivo. A tecnologia é incorporada nos processos de toda a cadeia: produção, distribuição, venda, consumo, serviço e retorno (reciclagem).


O objetivo de uma foodtech é identificar as dores do setor e resolvê-las com praticidade, agilidade e de forma acessível para todos.


O mercado brasileiro das Foodtechs
Uma estimativa da Research and Markets revela que até 2022, o mercado global de foodtechs vai chegar a US$ 250,4 bilhões. No Brasil, um levantamento de 2018, mostra que o setor contava com 90 startups.


De acordo com a Finistere Ventures, mais de 50% do investimento em startups brasileiras, no mesmo ano, foi feito em foodtech. Um total de US$ 500 milhões. A maioria dessas empresas ainda está em fase inicial e poucas são conhecidas.


O relatório “Food Techs”, publicado pela Liga Insights, que mapeou 322 startups brasileiras do universo de foodtechs divididas em 16 grandes áreas, revela que o número de empresas do setor aumentou, globalmente, 246% na última década. As vendas deste mercado cresceram, no mesmo período, 13,2% ao ano.


“Temas relacionados à alimentação são muito discutidos fora do Brasil, porque existe o desafio de alimentar dez bilhões de pessoas em 2050. Mas nós não estamos aproveitando isso, o que nos coloca em um atraso considerável em relação a outros mercados, como o americano, europeu, israelense, em questão de tecnologia e manipulação de alimentos. Então os movimentos são necessários, para aproveitar a genética empreendedora do brasileiro, as oportunidades e transformar os processos, para produzir melhor, de forma mais sustentável e rentável”, explica Ana Carolina Bajarunas, CEO da Builders e Idealizadora do FoodTech Movement, em entrevista ao portal da Liga Insights.


Entre as oportunidades de negócio no setor de foodtech, podemos destacar soluções de logística e entrega, que tiveram bastante sucesso nos últimos anos, seguidas por marketplace de alimentos, reaproveitamento e redução de desperdícios ou resíduos, biotecnologia para produção de alimentos à base de plantas, gestão do varejo e plataformas farm-to-table (conexão direto do produtor rural com o consumidor final). É a mudança do mercado de alimentação!


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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