“Para o Brasil quebrar o ciclo de corrupção só alguém de fora do sistema”

Existe um caminho para o desenvolvimento do Brasil e ele se chama estancar a corrupção

Por: Júnior Bozzella  -  17/01/22  -  06:11
O Brasil precisa quebrar esse ciclo, precisa de alguém de fora do sistema que não seja nascido e criado no berço da corrupção.
O Brasil precisa quebrar esse ciclo, precisa de alguém de fora do sistema que não seja nascido e criado no berço da corrupção.   Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Existe um caminho para o desenvolvimento do Brasil e ele se chama estancar a corrupção. Mas para isso precisamos parar de eleger governantes corruptos. Não tem como uma economia deslanchar se bilhões e bilhões de reais são desviados anualmente por práticas criminosas. É dinheiro da saúde, educação, infraestrutura e basicamente todos os setores.


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Em 2018 todos nós brasileiros fomos vítimas do maior estelionato eleitoral da história do nosso país ao eleger Jair Bolsonaro para a presidência da República. Os números estão aí e não nos deixam mentir. De acordo com reportagem publicada pela revista Exame, a corrupção já varreu 901 servidores do governo Bolsonaro. A atual gestão ganha dos primeiros três anos do governo de Lula em casos de corrupção entre servidores e perde para Dilma Rousseff.


Contra fatos não há argumentos! A atitude de Bolsonaro de acabar com a operação Lava-Jato, a maior ação de combate à corrupção que o Brasil já viu, sob a alegação de que no governo dele não há corrupção, não passa de uma grande mentira. Os dados da própria CGU (Consultoria Geral da União) desmontam isso através de números. Nos três anos de bolsonarismo no poder, o órgão expulsou do serviço público 901 servidores envolvidos em falcatruas. Em 2021, foram 235 gaiatos apanhados em irregularidades, o melhor ano do atual governo. Em 2019, foram 323 expulsões por corrupção. Já em 2020 foram 343 casos.


Se voltarmos no tempo e analisarmos os números nos governos Lula e Dilma teremos panoramas assustadoramente semelhantes. Entre 2003 e 2005, nos primeiros três anos de governo Lula, foram expulsos por corrupção 583 servidores. Entre 2011 e 2013, nos primeiros três anos de governo Dilma, foram expulsos por corrupção 1.055 servidores. Bolsonaro não é melhor que Lula e nem menos corrupto, o que diferencia os dois é que o Bolsonaro tem uma incompetência ímpar que confere a ele uma total incapacidade de governar um país. Diante disso, para permanecer no poder ele recorreu a velha prática que aprendeu com boa parte dos seus antecessores, a compra de aliados no Congresso Nacional.


Mas o apoio para sustentar no poder um presidente negacionista e responsável por um verdadeiro cenário de caos como a alta do dólar, aumento da inflação, afastamento de investidores do nosso país, por mais de meio milhão de mortes durante a pandemia de Covid-19, pelo desemprego de 14 milhões de brasileiros e fome de 19 milhões, não sai barato. Estamos falando em mais de R$ 40 bilhões do orçamento secreto em emendas para o Palácio do Planalto distribuir entre a base aliada, no que vai ficar na história como o maior esquema de compra de apoio político que este país já viu.


O Brasil precisa quebrar esse ciclo, precisa de alguém de fora do sistema que não seja nascido e criado no berço da corrupção. Temos muitos nomes no cenário da disputa eleitoral de outubro, mas quando você pensa em combate à corrupção, qual nome vem à sua mente? Lula? Bolsonaro? Creio que não! Pense nisso. Cada um de nós, brasileiros, terá uma tarefa árdua que é parar uma locomotiva sem freios rumo ao precipício para evitar que nós despenquemos do penhasco junto com ela. Essa não será uma tarefa fácil, nós sabemos a força que tem um trem desgovernado. Por isso precisamos reunir o maior número de brasileiros possíveis para essa missão heróica de salvar o Brasil da catástrofe. Não é hora de ideologia, a escolha do próximo presidente da República não é uma questão de gosto pessoal, de simpatia e muito menos daquele que tem mais chances. Só nós, brasileiros, temos o poder de reverter esses estrago e o caminho não é cometendo o mesmo erro nas urnas.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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