O Brasil não precisa de um Programa e sim de um Projeto Social
O Brasil que vivemos hoje é um país em desconstrução, na contramão de todo o desenvolvimento alcançado nos últimos anos
O país tem cerca de R$ 15 milhões de desempregados e mais de 20 milhões passando fome. Ao contrário de Midas, que tudo que tocava virava ouro, o presidente da República, Jair Bolsonaro, tudo que toca corrompe e destrói. Assim ele foi minando um a um dos principais pilares econômicos do país, destruindo a credibilidade do Brasil no cenário internacional, afastando os investidores e condenando os empresários de todos os portes à recessão, que teve como consequência o desemprego em massa. A incompetência mata. Se não mata de Covid, mata de fome, de desespero, que é o sentimento de muitos brasileiros que se veem hoje sem emprego, sem teto, sem esperança e sem saída!
Parem e reflitam... Quantos de nós não conhecermos pelo menos uma pessoa que perdeu o emprego entre 2019 e 2021? A pandemia foi mundial, mas o desemprego e a fome não estão assolando todo o mundo, estão devastando os Brasil e os países sem liderança. Não existe milagre e o povo não é tolo. Lançar um programa de distribuição de renda na véspera do processo eleitoral às custas de uma manobra escusa para furar o teto de gastos e conseguir o recurso para tentar comprar o voto do povo brasileiro com R$ 400,00 do auxílio Brasil é muita canalhice, e não há outro nome para isso. Os votos de muitos dos parlamentares que disseram SIM a PEC Fura-Teto, que tornou possível essa manobra, custaram bilhões de reais, mas para o presidente Bolsonaro o preço de cada brasileiro que passa fome neste país é 400 reais.
Agora o governo tenta vender o Auxílio Brasil como o maior programa social do mundo. A Justiça tem que ser feita, Auxilio Brasil nada mais é do que o novo nome do Bolsa Família que, como o mundo inteiro sabe, não foi o Bolsonaro e nem a equipe dele que criaram. Não fazer nada pelo país em três anos de mandato é grave, mas se apropriar do feito dos outros é desonesto! O governo Bolsonaro é um governo sem projetos e sem marcas. Você já se perguntou o que vem à mente quando falamos deste governo? Mortes, desemprego, inflação, recessão econômica, constrangimento internacional. Foram essas as primeiras coisas que me vieram à cabeça, porque é difícil lembrar de algo diferente disto.
Infelizmente, o Auxilio Brasil não vai resolver o problema do país e não vou por fim à fome, ao desemprego e à miséria. Eu gostaria muito que fosse a solução, porque como brasileiro é triste demais ver o total abandono das pautas sociais. Mas a ausência crônica de investimentos e as pessoas em situação de rua se proliferando nas grandes e pequenas cidades não vai ser resolvida num passe de mágica com um programa social, porque o Brasil precisa de mais do que isso, precisa de um projeto social!
Dados da PNAD Contínua, referentes ao ano passado, apontam um empobrecimento da população empurrando mais pessoas para situações de pobreza e extrema pobreza. O rendimento médio mensal per capita foi de R$ 1,3 mil, 4% a menos do que em 2019. Segundo o IBGE, a renda média no Norte e Nordeste é inferior ao salário mínimo, de R$ 1.100. De acordo com números de setembro do Cadastro Único, 15 milhões de famílias têm renda per capita de até R$ 89, que é a linha de extrema pobreza, e outras 2,9 milhões ficam na linha de pobreza, até R$ 178 mensais. Todo esse contingente de pessoas foi absolutamente ignorado até agora. O pobre brasileiro foi invisível pro o governo Bolsonaro até agora. De repente, agora que estamos perto das eleições, ele passou a ser enxergado, mas não como cidadãos que são, e sim como voto na urna.
O próximo presidente do Brasil, quem quer que seja o escolhido, precisa ser alguém com um olhar além do cercado da sua casa. Tem que ser um homem ou uma mulher com mente e alma nacionalistas, porque precisará reconstruir o país do caos, e ter o olhar social para os milhões e milhões de brasileiros que durante este governo ficaram totalmente invisíveis.
