O Brasil é gigante demais para ficar refém de apenas dois nomes

Bolsonaro não ter sequer 25% do eleitorado e Lula estar disparado na frente mostra a urgência de uma terceira via

Por: Júnior Bozzella  -  28/06/21  -  07:41
Atualizado em 28/06/21 - 12:05
 Não tem cabimento que um país com o potencial que tem o Brasil fique refém de apenas dois nomes, não é racional e nem saudável
Não tem cabimento que um país com o potencial que tem o Brasil fique refém de apenas dois nomes, não é racional e nem saudável   Foto: Agência Brasil e Instituto Lula/Divulgação

O Ipec, instituto criado por ex-executivos do Ibope Inteligência depois do encerramento do mesmo, divulgou na última semana pesquisa sobre as intenções de votos dos brasileiros para as próximas eleições presidenciais. Os números impressionam, mas não surpreendem. De acordo com o Ipec, hoje Lula teria 49% das intenções de votos e venceria no 1º turno. Bolsonaro vem na sequência com 23%, depois Ciro, com 7%, Doria, com 5% e Mandetta, 3%. O levantamento tem abrangência significativa, pois foi realizado em 141 municípios, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais e para menos e um nível de confiança de 95%.


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Eu percorro em média três mil quilômetros por mês, visito dezenas de municípios toda semana e o que a gente escuta nas ruas é exatamente uma imensa insatisfação do brasileiro com o governo Bolsonaro. Não apenas pela figura do presidente em si, mas pela condução desastrosa do país.


O número de desempregados hoje no Brasil ultrapassa 14 milhões de pessoas. Cerca de 116 milhões de brasileiros não tem comida suficiente ou passam fome no nosso país, isso corresponde a mais da metade da população. Não é possível que alguém ache normal ver o Brasil empobrecer na velocidade da luz. Diante do discurso ignorante do Ministro da Economia, que para tirar a responsabilidade do Governo Federal sugeriu que o Brasil combatesse a miséria não com políticas públicas efetivas, mas racionando a alimentação da classe média. Absurdos como esses refletem nas pesquisas, o povo está cansado de tanto desemprego, fome e tantas mortes.


Contudo, o conhecimento de que hoje o presidente Bolsonaro não tem sequer 25% do eleitorado e Lula está disparado na frente nos mostra a urgência de uma terceira via. Não tem cabimento que um país com o potencial que tem o Brasil fique refém de apenas dois nomes, não é racional e nem saudável. Existem tantas lideranças competentes, tantos nomes com currículo e história que poderiam colocar o Brasil de volta nos trilhos. O que não podemos fazer é jogar a toalha e desistir pelo fato de termos um péssimo presidente. Está ruim? Troca! Felizmente vivemos em uma democracia e as urnas estão lá para isso.


De acordo com os dados da pesquisa Ipec, o Lula lidera em todos os segmentos do eleitorado. Ao contrário do que aconteceu em 2018 o sentimento hoje é qualquer um menos o Bolsonaro. E assim ele vem sendo o maior cabo eleitoral do Lula. A pesquisa aponta ainda que 62% dos eleitores não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum (eram 56% há quatro meses). No caso do ex-presidente Lula, a taxa de rejeição fica em 36%. Quem inviabilizou o governo e as suas chances de reeleição foi o próprio Bolsonaro. Temos um presidente que já deu sinais claros de que não tem competência para seguir adiante, mas que é incapaz de um gesto de nobreza e patriotismo que seria deixa a presidência pelo bem do Brasil.


O ser humano quando se vê encurralado é capaz de gestos que fogem à própria razão. Os números da pesquisa do Ipec ilustram isso. Nós, no PSL, temos nos dedicado ao compromisso que assumimos com o povo brasileiro, à defesa da democracia e combate à corrupção. E é empunhando essas bandeiras que estamos reunindo aliados, nomes de peso que defendem os mesmos ideias que a gente, que acreditam que o Brasil é livre e não precisa ficar refém de apenas dois nomes, que tem coragem e preparo para entrar nessa guerra de mãos limpas e combater o bom combate com chances reais de salvar o Brasil.


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