Não seremos reféns e faremos ecoar o grito de liberdade do povo brasileiro

É inconcebível que nos dias de hoje o povo aceite calado a posição de refém de quem quer que seja

Por: Júnior Bozzella  -  12/07/21  -  06:39
 Dia 12 de setembro está aí e mostraremos que o povo não será refém de ninguém.
Dia 12 de setembro está aí e mostraremos que o povo não será refém de ninguém.   Foto: Unsplash

O Brasil não tem presidente da República. O que temos hoje é um homem sentado na cadeira presidencial no Palácio do Planalto dotado de total incapacidade de governar o nosso país. Essa afirmação não é apenas minha, mas de mais da metade dos brasileiros, que já não acreditam no menor sinal de recuperação deste governo falido.


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Não é apenas a ineficiência. O governo Bolsonaro é uma mistura tóxica de falta de competência e gestão, aliado à corrupção e autoritarismo. Desde que assumiu o mandato Jair Bolsonaro vem se manifestando de maneira que não condiz com o cargo que ocupa. Ele ataca a imprensa, jornalistas, mulheres, homossexuais e as instituições democráticas. O Bolsonaro não respeita nada e nem ninguém, desconhece códigos de ética, é alguém que vive em uma realidade paralela onde o Estado é ele. O que no início pareciam bravatas, hoje está claro que são ameaças.


O resultado deste desgoverno vem se refletindo nas ruas. Na última semana o Instituto Datafolha publicou uma pesquisa que aponta que 63% da população não acreditam que o presidente seja capaz de liderar o país. Os números vem aumentando mês a mês. No último mês cerca de 800 mil pessoas foram às ruas pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, novas manifestações programadas para dia 12 de setembro prometem que esse número seja muito maior.


A questão vai além... Não é só o entendimento da maioria do povo brasileiro de que o presidente não tem capacidade de governar. A popularidade do Jair Bolsonaro derreteu. A sua rejeição atinge hoje índices cada vez maiores e já ultrapassa 50%, a pior marca registrada desde o início do seu mandato, em janeiro de 2019.


A tendência de queda da popularidade do presidente vem sendo registrada nos últimos 11 levantamentos feitos pela XP. Desde outubro, quando atingiu seu menor patamar, o grupo dos que consideram o governo ruim ou péssimo passou de 31% para 52% da população. No mesmo período, os que avaliam o governo como bom ou ótimo caíram de 39% para 25%.


As recentes denúncias envolvendo o nome do Bolsonaro em escândalos de corrupção como esquemas de rachadinha e compra superfaturada de vacinas contra a Covid-19 pulverizaram a popularidade do presidente. Bolsonaro não tem aprovação do povo, a economia do país patina, desemprego batendo recordes, dólar e inflação nas alturas, denúncias de corrupção envolvendo representantes do primeiro escalão do governo, os filhos do presidente e o próprio Jair Bolsonaro, além da falta de credibilidade perante a comunidade internacional dizimaram qualquer condição de governabilidade.


Hoje existem na Câmara dos Deputados 123 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro. Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, se colocou em uma condição de lacaio do presidente e vem, de maneira constrangedora, ignorando todos e, principalmente, ignorando a voz das ruas. É inconcebível que nos dias de hoje o povo aceite calado a posição de refém de quem quer que seja, em especial de alguém que foi eleito para defender os interesses do povo e do país. Já deixamos claro que não iremos nos calar. Dia 12 de setembro está aí e mostraremos que o povo não será refém de ninguém, faremos ecoar no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto o grito de liberdade do povo brasileiro.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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