A retomada dos cruzeiros marítimos e o impacto na economia

Baixada Santista vive expectativa de que temporada ainda ocorra em novembro

Por: Júnior Bozzella  -  20/09/21  -  06:21
 Com as temporadas sendo retomadas ao redor do mundo existia uma imensa expectativa de que isso ocorresse também aqui no Brasil
Com as temporadas sendo retomadas ao redor do mundo existia uma imensa expectativa de que isso ocorresse também aqui no Brasil   Foto: Arquivo/Silvio Luiz/AT

Na última semana enviamos ofício para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando a liberação da temporada de Cruzeiros Marítimos 2021/2022 mediante protocolos sanitários rigorosos.


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Aqui na Baixada Santista existe a expectativa de que esta temporada tenha início em novembro, e conte com a participação dos navios Seaside, Splendida, Preziosa, Sinfonia, da MSC, e os navios Smeralda e Fascinosa, da Costa Cruzeiros. Com as temporadas sendo retomadas ao redor do mundo existia uma imensa expectativa de que isso ocorresse também aqui no Brasil. Contudo, até o momento, a Anvisa além de não ter concedido autorização para a liberação da temporada 2021/2022, ainda emitiu comunicado orientando a suspensão da temporada de cruzeiros por mais um ano em todo o país.


O cancelamento desta temporada representaria um prejuízo de cerca de R$ 2,5 bilhões à economia nacional e a perda da geração de 35 mil novos postos de trabalho. Em um momento de encolhimento da economia como o que estamos vivendo, não nos parece racional simplesmente descartar a realização da temporada 2021/2022 de Cruzeiros Marítimos, ao invés de promover ações e medidas para que ela ocorra de forma segura.


Companhias aéreas, que trafegam com centenas de passageiros por voo fazendo um rodízio ininterrupto de pessoas 24 horas por dia pelos sete dias da semana, seguem em atividade desde o início da pandemia. Contudo, as operadoras de Cruzeiros estão há quase dois anos sem poder operar no Brasil. Na região da Baixada Santista, só a retomada da temporada injetaria mais de R$ 132 milhões para a economia de Santos e Região.


É fundamental ressaltar que de maneira alguma tal solicitação visa sobrepor à questão econômica à pandemia, mas entendemos que a retomada dos cruzeiros marítimos pode ser feita de maneira segura seguindo protocolos sanitários rigorosos que passariam por utilização de no máximos 70% da capacidade máxima dos navios, medidas de distanciamento nas áreas comuns, testes para detectar a Covid-19 antes do embarque e durante a viagem, reserva de cabines para possíveis quarentenas, distribuição de pulseiras que detectam aglomerações, um novo sistema de ventilação dentro dos navios, monitoramento de temperatura de passageiros através de câmeras, exigência da apresentação de exame RT-PCR negativo para o novo coronavírus e apresentação de certificado de esquema vacinal completo contra Covid-19 concluído há pelo menos 14 dias da data do embarque para pessoas maiores de 18 anos, são algumas das medidas que garantiriam mais segurança a passageiros e tripulantes.


Estamos falando em aproximadamente 240 mil cruzeiristas que embarcariam na cidade de Santos ao longo da próxima temporada e movimentariam o setor hoteleiro, comércio, restaurantes, transportes entre outros. Felizmente, hoje vemos a vacinação avançar em todo o país e, em decorrência disso, os números da pandemia desacelerarem.


De norte a sul as atividades econômicas vêm sendo retomadas, as restrições tem sido suspensas, e bares, restaurantes, casas noturnas, shows e eventos estão voltando a ser realizados diante do arrefecimento da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo. Diante disso é um contrassenso punir todos aqueles que dependem diretamente e indiretamente dos cruzeiros marítimos, como se a disseminação do vírus acontecesse exclusivamente dentro deste espaço, sendo que todas as outras atividades foram retomadas. Os cruzeiros marítimos precisam voltar e nós não mediremos esforços para isso.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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