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Fernanda Lopes

Fernanda, Oscar e folia: enredo nota 10

Se Fernanda Torres vencer, o Brasil vai comemorar como se fosse gol. Se não vier a estatueta, valeu a festa

Fernanda Lopes

1 de março de 2025 às 11:29Modificado em 1 de março de 2025 às 11:31
(Ainda Estou Aqui/Divulgação)

(Ainda Estou Aqui/Divulgação)

Estou fissurada pela Fernanda Torres. Tudo que ela posta, eu curto. Se a Academia do Oscar posta, curto, comento. Eu e mais umas milhares de centenas de pessoas. Se alguém publicar uma foto de uma nuvem no céu e disser que lembra a Fernanda Torres, vou curtir também.

O engajamento dela é um fenômeno. Rainha do carisma e dos memes, virou trend de maquiagem, ganhou murais, pinturas, homenagens até dentro de centro de detenção. E, pasmem, um chef fez um empadão de camarão com o rosto dela entalhado na massa. Imagino a cena: ela rolando o feed e dando de cara com a própria face esculpida em massa podre. Deve ter gargalhado.

Mas enquanto a internet segue nessa devoção criativa, ela está lá, sem parar um segundo. Há meses viajando, divulgando o filme, dando entrevistas, indo a festas, premiações, desfiles. Glamour puro, mas deve dar uma saudade da própria cama. Do próprio travesseiro. De acordar e reconhecer o quarto sem precisar lembrar em que hotel está. Ao mesmo tempo, que loucura deve ser viver isso tudo!

E a escolha dos looks? Todo mundo de olho. E até agora, impecável. Chiquérrima, elegante, sóbria, como pede a história de Eunice Paiva e sua família. Porque tudo comunica. Roupa, postura, até o jeito de segurar uma estatueta. Imagem é poesia – e a Fernanda está escrevendo lindamente.

Ela tem conquistado os americanos com sua irreverência. Contadora de histórias incrível, sempre tem uma na ponta da língua. Tipo a vez que, fugindo dos incêndios em Los Angeles, carregou o Globo de Ouro na bagagem de mão e foi parada nos raios-X. Quando explicou que havia ganhado o prêmio, o policial respondeu que já tinha sido ator, mas largou tudo porque a profissão era muito estressante. E foi ser policial! O que já diz bastante sobre ser artista.

Agora, amanhã, domingo de Carnaval, os sofás brasileiros vão virar arquibancada. Todos de olhos grudados, rezando, torcendo, gritando. Vai ter vuvuzela, pipoca, fantasias de Fátima, Vani, Fernanda, Oscar... Uma mistura de Copa do Mundo com tapete vermelho e bloco de rua.

Se vencer, o Brasil vai comemorar como se fosse gol. Se não vier a estatueta, valeu a festa. Tem sido um espetáculo acompanhar esse turbilhão – e a gente ama um bom enredo. Quem sabe ano que vem, Fernadinha não está em cima de um carro no sambódromo sendo homenageada por todas suas icônicas personagens e seus livros maravilhosos... Eu dou nota 10.

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