Os desafios do profissional da área marítima e portuária

O mercado é complexo e exige compreensão de questões jurídicas que impactam na competitividade

Por: Eliane Octaviano  -  26/05/23  -  06:48
Atualmente, são exigidas dos profissionais da indústria shipping o desenvolvimento de novas competências e habilidades
Atualmente, são exigidas dos profissionais da indústria shipping o desenvolvimento de novas competências e habilidades   Foto: Pixabay

A demanda por profissionais especializados na área marítima e portuária tem sido crescente. Para atuar no setor, são exigidos conhecimentos específicos e é importante que os interessados se qualifiquem e busquem por atualização constante. Mas é importante destacar que conhecer o Direito Marítimo e Portuário não se caracteriza como relevante apenas para profissionais do Direito.


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O mercado é complexo e exige de quem atua nas áreas de administração, comércio exterior, logística, tributação, economia e contabilidade, entre outras, a compreensão de algumas questões jurídicas que impactam no risco e na competitividade da empresa.


Atualmente, são exigidas dos profissionais da indústria shipping o desenvolvimento de novas competências e habilidades. Mas quais seriam as principais?


Uma delas é a inovação, prezando pela capacidade de inovar e pensar fora da caixa, criar novas alternativas, apresentar comprometimento, conhecimento dos processos e habilidade de enxergar soluções e de negociar. Outro ponto é a flexibilidade, que gira em torno da criatividade e da capacidade de trabalhar em equipe, de se conectar e interagir, pensamento crítico e liderança. A terceira característica é a Inteligência emocional, com capacidade de resiliência e de enfrentar crises.


Por fim, a compreensão do direito-custo e direito-prevenção. O direito-custo compreende o efeito econômico das normas sobre a atividade empresarial, ou seja, como as obrigações decorrentes das normas jurídicas impactam no custo do produto ou serviço. No contexto de direito-prevenção se inserem as questões de riscos, segurança jurídica, compliance, governança corporativa e a importância de se conhecer o direito para amparar a tomada de decisões, cumprir as obrigações ou evitar infrações e processos.


Importante ainda destacar, tanto no âmbito de direito-custo como de direito prevenção, o ESG, que contempla questões referentes às práticas das empresas em relação ao meio ambiente, governança e a responsabilidade social, isto é, o impacto da atividade empresarial em prol da sociedade e da comunidade.


A atuação das empresas no cenário internacional exige repensar os paradigmas de competitividade x sustentabilidade, envolvendo um conjunto de ações que exigem melhoria das condições de eficiência do setor, investimento em treinamento, capacitação e em ferramentas de gestão de riscos e custos.


Efetivamente, sai na frente o profissional que estiver integralmente capacitado a atuar nessa área onde se espera crescimento e evolução no Brasil e em todo o mundo. Destaca-se, também, a importância de se buscar aperfeiçoamento profissional em academias especializadas no tema e priorizar os cursos em escolas reconhecidas e com corpo docente qualificado, uma vez que a área em que atua exige ampla visão global dos diversos aspectos práticos que envolvem o mundo marítimo e portuário.


A escolha da instituição de ensino é fundamental. O profissional deve avaliar com cautela quais são os valores e a missão dela, o projeto pedagógico, e se a mesma ampara de forma efetiva seus processos de ensino e aprendizagem em paradigmas de excelência, considerando em especial as necessidades e a dinâmica do mercado, a individualidade e realidade de cada aluno, a construção do conhecimento voltada para a pratica e desenvolvimento de competências e se a instituição efetivamente considera seus alunos e educadores como protagonistas, comandantes das suas próprias rotas.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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