Sinais de retomada no turismo

A expectativa do segmento de hotéis é que o próximo mês confirme uma sequência de recuperação

Por: Redação  -  24/07/21  -  12:28
 É preciso que os empresários do comércio e hotelaria, entre outras atividades, continuem se ocupando com adaptações e inovações em seus negócios para reconquistar a clientela retraída
É preciso que os empresários do comércio e hotelaria, entre outras atividades, continuem se ocupando com adaptações e inovações em seus negócios para reconquistar a clientela retraída   Foto: Matheus Tagé/AT

Depois de 16 meses do começo da pandemia, finalmente o setor de serviços, em especial o de turismo, parece respirar um pouco com sinais de retomada neste semestre. Ainda há um desafio no caminho, o da variante Delta, que aos poucos se espalha pelo País, sendo possível que se dissemine como em nações com vacinação mais avançada, como o Reino Unido. De qualquer forma, é preciso que os empresários do comércio e hotelaria, entre outras atividades, continuem se ocupando com adaptações e inovações em seus negócios para reconquistar a clientela retraída por motivos sanitários ou mesmo econômicos. Entretanto, a base de tudo é a preocupação com a saúde, sem abandonar os cuidados contra aglomeração tanto entre os funcionários como os consumidores.


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No caso da Baixada Santista, a expectativa do segmento de hotéis é que o próximo mês confirme uma sequência de recuperação. O turismo de lazer tem avançado com os brasileiros, devido às restrições para voos ao exterior, optando por viagens no território nacional, como o Nordeste ou o frio da Serra Gaúcha. Ou passeios de curta distância, como o paulistano que vem para o Litoral ou o morador da Baixada Santista que descobre novos destinos no Interior. As restrições ainda limitam o faturamento da hotelaria e mesmo de restaurantes e bares, assim como os turistas ficam receosos de se verem em locais aglomerados. De qualquer forma, não se pode admitir abusos como se não houvesse mais pandemia. Se todos se cuidarem, a própria retomada se dará em ritmo bem mais acelerado.


Aliás, na última quinta-feira terminou no Santos Convention Center a Expo Retomada, do Governo do Estado, destinada a avaliar a viabilidade de eventos presenciais sob medidas sanitárias. Trata-se de uma possibilidade de retomar outra frente do turismo, o de negócios, que movimenta muitos serviços paralelos e gera empregos de baixa capacitação.


O turismo também é importante por movimentar o segmento de transporte de passageiros, desde o rodoviário ao aéreo ou até mesmo o de automóveis ou vans, que dão suporte aos passeios nas regiões com atrações. Empregar o maior número de trabalhadores é o desafio mais importante do momento, pois a geração de renda é essencial para alavancar a confiança no consumo e investimentos.


Entretanto, além da variante Delta, há riscos que rondam não só os serviços, mas outros setores da economia. O principal é a inflação, que pode se acelerar, e a valorização do petróleo, com o barril em tendência de alta devido ao aumento do consumo à medida que mais economias se abrem. Como há uma demanda reprimida generalizada, a retomada vai se consumar, mas ainda não se sabe a que ritmo e nível. O importante é que ela sirva como um empurrão, ganhando o estímulo extra, por exemplo, de uma reforma tributária e de medidas pontuais, como um Bolsa Família mais encorpado.


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