25 anos

Conturbada, a região não tem mais limites geográficos quando a pauta é solucionar questões metropolitanas

Por: Da Redação  -  26/07/21  -  06:19
Atualizado em 26/07/21 - 06:31
 Conturbada, a região não tem mais limites geográficos quando a pauta é solucionar questões metropolitanas
Conturbada, a região não tem mais limites geográficos quando a pauta é solucionar questões metropolitanas   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Há duas formas de enxergar a chegado aos 25 anos de Região Metropolitana da Baixada Santista, data a ser comemorada no próximo dia 30. A primeira é que pouco se avançou em relação aos propósitos que a criaram, lá nos idos de 1996, pelo então governador Mario Covas. A ideia de Covas para a região, a primeira a se tornar metropolitana fora de uma capital, era que, unidos, os nove municípios fizessem um planejamento integrado em busca de soluções para desafios comuns. A estrutura para que essa tarefa fosse cumprida também foi prevista: um conselho reunindo os nove municípios e representantes do Estado (Condesb), uma agência para executar os planos (Agem) e um fundo metropolitano, com verbas depositadas mensalmente pelas prefeituras e, em partes iguais, pelo Estado.


Para os primeiros 25 anos, as realizações foram pífias em termos de planejamento e execução. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), há tantos anos prometido, só beneficia dois municípios (Santos e São Vicente), e essa é a principal bandeira da mobilidade urbana. Ficam devendo ao conceito de solução integrada de problemas comuns questões básicas como habitação, saúde e gestão do lixo.


Para uma região que representa a terceira maior em população, com 1,8 milhão de habitantes (4% da população paulista) e com o maior Porto da América Latina, é ainda pequena a articulação coletiva de prefeitos e deputados para que os nove municípios tenham um protagonismo maior, especialmente nos quesitos infraestrutura, programas habitacionais e repasses para a saúde.


A outra metade da reflexão é a que olha para o futuro tendo como base as experiências vividas nesses quase 18 meses de pandemia. Poucas vezes se viu tamanha união e sintonia entre os prefeitos da região como no ano passado, quando foi necessário adotar medidas mais rigorosas para conter a contaminação, reivindicar recursos para abertura de hospitais de campanha, respiradores e leitos de UTI e, quando os índices melhorara, defender a mudança de fase para a Baixada Santista, flexibilizando atividades conforme o estágio da pandemia local, e não de forma estadual.


As reuniões da pandemia tiveram a capacidade de juntar todos os prefeitos, situação que já não se observa nos encontros do Condesb, onde é mais frequente o titular do Executivo enviar representantes.


A assertividade desse momento mostra que não há outro caminho para os próximos 25, 30 anos que não o da união. Conurbada, a região não tem mais limites geográficos quando a pauta é solucionar questões metropolitanas. E elas são muitas, agravadas agora pelo declínio geral da economia que afeta todo o Brasil.


A Região Metropolitana da Baixada Santista tem predicados próprios, capazes de atrair o interesse de novos negócios. Cada município com suas particularidades, mas todos parte de uma grande e promissora região para o Estado e o País.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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