O colunista e mais um incontável número de economistas, advogados, sindicalistas e tantas pessoas que pensam, têm argumentado que o fim do Auxílio-Emergencial – quando ultrapassamos duzentos mil mortos e vamos matando mais mil por dia, ainda sem um plano nacional de vacinação contra a pandemia – nos conduzirá ao caos social, arrebentando não apenas os que necessitam diretamente do benefício, mas também o comércio e a indústria nacional (o que resta dela). Para movimentar a economia nacional é preciso colocar dinheiro na mão de quem vai gastar; são os mais pobres, que precisam comer, vestir, andar, morar, etc.
Aí vem o desgoverno, assessorado pela mais perversa tecnocracia neoliberal, e anuncia a antecipação do 13º salário, a gratificação natalina, das aposentadorias e pensões. Ou seja, vamos movimentar o dinheiro agora, seja na comida ou no pagamento das dívidas, e quando chegar o Natal dos aposentados e pensionistas, dependerão mesmo é do Papai Noel.
Tivéssemos um parlamento com um mínimo de dignidade, aprovaria um 14º salário para esses beneficiários, seria o pagamento de uma parcela extra sem comprometer a gratificação natalina. E sem abrir mão do Auxílio-Emergencial para 70 milhões de hipossuficientes – que não são aposentados ou pensionistas – até que a imunização da população seja suficiente para o efetivo retorno às atividades.
Com um desgoverno genocida, como o nosso atual, não dá para esperar muita coisa; continuam cedendo mais dinheiro para os muito poucos que vão preferir gastar lá fora, nos paraísos fiscais.