Vacina é vida!

Agora é hora de falar de esperança, vida e de continuidade. Exercitar a fé em dias melhores. Praticar o pensamento positivo. Exaltar a ciência, a pesquisa e o esforço

Por: Caio França  -  20/01/21  -  10:42
Cientistas da USP e Unicamp estudam efeitos provocados por variante brasileira da Covid-19
Cientistas da USP e Unicamp estudam efeitos provocados por variante brasileira da Covid-19   Foto: Pixabay

Ao completar quase um ano de angústias, de incertezas, de perdas e histórias trágicas envolvendo amigos, familiares, funcionários, vizinhos ou simplesmente conhecidos, finalmente acendeu-se a chama de esperança: temos vacina! Essa chama que, aos poucos, vai nos devolver a vida.


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Somente nesse espaço concedido por ATribuna.com.br, ao longo do último ano, foram mais de 20 artigos publicados com a finalidade de repercutir direta ou indiretamente, o vírus que nos paralisou de diferentes maneiras, que nos tirou do piloto automático, que mudou a engrenagem, que restringiu a liberdade de ir e vir, que nos fez refletir sobre livre-arbítrio e, que por amor, distanciou a humanidade, promovendo um grande reencontro com a própria existência.


Agora é a hora de vir aqui e dar essa boa notícia com alegria. Daquelas notícias que a gente não se cansa de ouvir repetidamente em todos os meios de comunicação. Daquelas notícias que nos emocionam. Falar de esperança, vida e de continuidade. Exercitar a fé em dias melhores. Praticar o pensamento positivo. Exaltar a ciência, a pesquisa e o esforço de quem incansavelmente se dedicou, dias e noites, para que a gente pudesse chegar nesse momento.


Para que os resultados sejam bem-sucedidos é também chegada a hora de dizer que precisamos fazer a nossa parte, que precisamos nos vacinar, cada qual no seu momento, seguindo o cronograma estabelecido pelo Plano Estadual de Imunização, do Governo do Estado de São Paulo.

Não é o momento para descrença, de desconfiança e de questionamentos sem fundamentos. Temos entidades muito sérias, comprometidas e de credibilidade, envolvidas na produção da vacina Coronavac, como o Instituto Butantan, principal produtor de imunobiológicos do Brasil e responsável por grande parte das vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.


Hoje mesmo, dia 20, Santos, a cidade polo da Região Metropolitana da Baixada Santista, anunciou que iniciará a vacinação contra a Covid-19 nos Hospitais Guilherme Álvaro e Estivadores. O cronograma vai seguir a ordem de prioridade, que nesta primeira etapa contempla os profissionais da saúde, nossos heróis da linha de frente no combate à doença e, em seguida, os idosos acima de 75 anos.


A previsão em Santos é vacinar 104.419 pessoas, sendo 23.885 trabalhadores da saúde e 80.534 idosos. Em São Vicente, a estimativa é de atender 8.717 profissionais da saúde, 37.534 idosos e 87 indígenas.


Cubatão vai vacinar 3.975 trabalhadores da saúde e 9.490 idosos. A estimativa em Guarujá é de imunizar 10.701 profissionais da saúde e 27.115 idosos. Mongaguá solicitou 8.838 doses e os demais municípios aguardam mais informações sobre a quantidade de doses para poder organizar a sua campanha.


Importante destacar que muito antes da pandemia, já tratávamos nesta coluna sobre a importância de garantir a imunização de doenças importantes pela vacinação, nos posicionando claramente contra os movimentos antivacinas e cobrando o Governo Federal sobre as falhas de abastecimento e distribuição do calendário vacinal básico.


Em 2019, o Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPA/OMS) em razão de um surto da doença por mais de um ano seguido. O número de casos continua evoluindo ano a ano. O descontrole da doença segue essa tendência no mundo. Os especialistas atribuem esse retrocesso na cobertura vacinal essencialmente às fake news.


Como deputado estadual, presidi no ano passado a CPI das Fake News da Assembleia Legislativa de São Paulo, e entendi que esse fenômeno não se limita à política, ele está em todos os cantos, nos variados temas e abordagens. É extremamente nocivo e letal, levando desinformação a quem a recebe sem se preocupar em buscar fontes confiáveis, sem confrontá-las.


A disseminação de notícias falsas tem colocado em xeque a confiança e eficácia de vários imunizantes, assim como tem ocorrido com as vacinas recém-autorizadas pela Anvisa. O que algumas pessoas ainda não entenderam é que o que coloca a espécie humana em ameaça é justamente a não-imunização. A vacina nos trará a tão propagada imunidade de rebanho, ou imunidade coletiva, criando uma barreira de proteção aos não imunes. Com a dificuldade de propagação, diminuiremos a transmissão e consequentemente o número de casos.


Assim como ocorre com a Covid-19, por enquanto, a única maneira de evitar o sarampo é a vacinação, a maior conquista da humanidade no último século, que em outrora garantiu imunidade a doenças infectocontagiosas que dizimaram populações. Se a saúde é o nosso maior patrimônio, podemos afirmar, sim, que vacina é vida!


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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