Dois moradores da Baixada Santista estão entre as vítimas de Brumadinho

Buscas continuam sendo feitas após uma das maiores tragédias da história do País.

Por: Alexandre Lopes  -  28/01/19  -  11:28
Atualizado em 28/01/19 - 11:29
Vale disse que fazia inspeções constantes - a última em 22 de janeiro, três dias antes do colapso
Vale disse que fazia inspeções constantes - a última em 22 de janeiro, três dias antes do colapso   Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Desde a última sexta-feira (25), a lamentável tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, toma conta dos noticiários do mundo inteiro. Nesta segunda-feira (28), recebemos a notícia de que dois moradores da região estão entre as vítimas.


A primeira vítima fatal é o Engenheiro Marcelo Alves de Oliveira. Nascido em Santos, ele foi morar em Brumadinho, com a esposa, há poucos meses, para trabalhar em uma obra de uma terceirizada da Vale. O corpo de Marcelo, um dos primeiros a ser resgatado, foi enterrado nesta segunda-feira (28) em São Vicente.


Segundo a irmã dele, Marcia Alves de Oliveira Dias, Marcelo completou 46 anos no dia 9 de Janeiro. Ainda segundo Marcia, o reconhecimento do corpo foi possível, apenas, por conta de um exame com as digitais. "Era um menino dedicado. Não passou o ano novo com a gente porque tinha que trabalhar. Morreu feliz porque estava na profissão dele", disse.


Luís Felipe Alves, de 30 anos, é funcionário da Vale e sumiu após o rompimento da barragem. O último contato dele com a família ocorreu pouco antes da tragédia, às 10h36. Ele nasceu em Jundiaí, no interior paulista, mas passou boa parte da vida em Santos, onde cursou Engenharia Química na Universidade Santa Cecília (Unisanta). Pouco depois, mudou-se para o Espírito Santo, onde passou a cursar Engenharia de Produção.


Ainda segundo a Vale, dos 427 funcionários que estavam no local, apenas 279 foram localizados. Segundo Fábio Schvartsman, presidente da empresa, vazaram 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos. A barragem que rompeu não estava ativa há três anos e ainda não se sabe o que aconteceu.


Até a publicação deste texto, às 8h28, 58 mortes estavam confirmadas. Como o número de desaparecidos ainda é alto, o levantamento deve crescer bastante nas próximas horas. Como disse João Augusto, a esperança ainda existe. Em uma tragédia desse porte, é exatamente nela que devemos nos apegar. Cada vida salva deve ser celebrada. E que ocorram, ainda, muitas celebrações.


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