Existem várias formas de se aproveitar uma viagem. Pode ser a lazer, a negócios, de conhecimento, de cunho religioso... Todas têm o seu valor e impactam nossas vidas, normalmente de maneira positiva. Mas existe uma modalidade de turismo que vai além. É o chamado Volunturismo, um novo jeito de viajar que garante não só momentos de diversão, mas, principalmente, de troca de experiências e voluntariado.
Quem já vivenciou o Volunturismo garante que vale muito a pena. É o caso do santista radicado em São Paulo, Matheus Tosta, de 26 anos. Ele viajou para Cananeia e Ilha do Cardoso, no Vale do Ribeira, no início do ano, e já pensa em embarcar na Expedição Amazônia, em janeiro de 2020.
“Foi uma troca fantástica”, exalta Tosta, ao comentar sobre a viagem de três dias para conhecer as comunidades ribeirinhas e indígenas do Vale, em meio à Mata Atlântica. “Adoro viajar e, principalmente, conhecer outras culturas. E nessa viagem tivemos contato coma cultura indígena e a comunidade local de Cananeia”, disse o administrador de empresas.
Segundo ele, nesse contato, o grupo do qual fez parte trocou ideias com membros de uma aldeia, até com o cacique. “Nós tínhamos como missão passar nossa experiência profissional, prestar serviços de mentoria para os moradores de Cananeia que tinham negócio próprio. Um viés mais técnico”.
Além disso, o grupo conversou com os jovens da comunidade. “Nosso objetivo era escutá-los, apresentar caminhos e comentar sobre a importância de estudar”.
Apesar de toda essa troca, Matheus garante que quem mais aprendeu foram os membros do grupo, que chegaram à região do Vale do Ribeira por meio da Vivalá, considerada a maior operadora de Volunturismo no Brasil.
Desde 2017, a operadora oferece expedições nessa modalidade para cinco destinos brasileiros: Amazônia (Rio Negro), Amazônia (Rio Tapajós), Amazônia (Rio Solimões), Lencóis Maranhenses (Atins)e Chapada dos Veadeiros (São Jorge). Por enquanto, o roteiro feito por Matheus não tem programação para 2020. “Acreditamos em experiências que unam natureza, conexão entre pessoas e a possibilidade de cocriar um futuro com mais oportunidades por meio do voluntariado. E o Volunturismo é a única modalidade que pode proporcionar tudo isso em uma única viagem”, acredita Daniel Cabrera, cofundador da Vivalá.
A empresa possui um programa próprio de mentoria de negócios e capacitação profissional de microempreendedores – intitulado Universidade Vivalá – que auxilia mais de 180 negócios com o suporte de mais de 500 viajantes voluntários.
Além da capacitação, a empresa prioriza fornecedores locais como parceiros, injetando nos últimos três anos mais de R$ 450 mil na contratação de serviços locais, o que fortalece a economia da região e gera renda e empregos nas comunidades.
Cabrera destaca que o viajante não precisa ter experiência prévia com mentoria de negócios para participar de uma expedição de Volunturismo da Vivalá. “Queremos que nossos viajantes conheçam destinos paradisíacos do nosso País e ainda se engajem em um trabalho voluntário realmente transformador e não apenas assistencialista. Desenvolvemos um processo em que treinamos nossos viajantes para que consigam criar soluções reais em conjunto com os moradores e, com isso, melhorar sua qualidade de vida”.