Sebrae e BID selecionarão 10 cidades para apoiar e transformar em destinos turísticos inteligentes

As prefeituras têm até o dia 11 de novembro para se inscreverem

Por: Ágata Luz  -  23/09/22  -  11:39
Atualizado em 24/09/22 - 10:16
Parceria foi divulgada no primeiro dia da Abav Expo, em Olinda
Parceria foi divulgada no primeiro dia da Abav Expo, em Olinda   Foto: Ágata Luz/AT

As cidades de todo o Brasil devem ficar atentas para a chance de se tornarem Destinos Turísticos Inteligentes (DTI). Isso porque o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançaram na quarta-feira (21) uma parceria para selecionar dez municípios que receberão consultorias e investimentos para implementar um novo modelo de gestão turística. As prefeituras têm até o dia 11 de novembro para se inscreverem pelo site.


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O anúncio do lançamento do edital foi feito na feira de turismo Abav Expo, em Olinda, Pernambuco. A analista de Competitividade do Sebrae, Ana Clévia Guerreiro, explicou que, para a instituição, DTIs são “territórios sustentáveis que proporcionam experiências inesquecíveis, seguindo eixos definidos: governança, tecnologia, experiência e sustentabilidade, sendo esse último em sua perspectiva econômica, ambiental e social”.


A metodologia foi desenvolvida pela Sociedade Mercantil Estatal para La Gestión de La Innovación y Las Tecnologías Turísticas (SEGGITUR) da Espanha e adaptada para a realidade brasileira em 2016.


O objetivo da parceria é selecionar dois destinos turísticos de cada região brasileira (sudeste, sul, norte, nordeste e centro-oeste). “O foco será na gestão de dados, inovação, sustentabilidade e experiência. Isso contribuirá para que esses destinos tenham um novo posicionamento no mercado nacional e internacional, em consonância com o perfil dos novos viajantes”, afirma.


Desta forma, a intenção da gestora estadual de turismo do Sebrae, Aline Delmanto, é que alguma cidade de São Paulo esteja entre as representantes do sudeste, pois, para ela, ser um DTI significa ter um olhar amplo sobre o setor e se tornar esse tipo de destino é uma “revolução” no território do município.


“São Paulo tem muitas cidades com potencial. Acredito que os secretários de turismo devem olhar com cuidado, porque é um investimento significativo para o município. A construção de qualquer plano estratégico ou plano operacional é bastante custosa e essa parceria entre o Sebrae Nacional e o BID vai proporcionar às cidades o custeio desse planejamento. Além disso, algumas ações também vão ser apoiadas pelo BID no momento da sua implementação”.


De acordo com Delmanto, equipes técnicas do Sebrae nas regionais estão à disposição dos municípios para tirar dúvidas sobre o edital e a inscrição, que deve ser feita pela Secretaria de Turismo. “Mas não quer dizer que os empresários não possam se envolver, muito pelo contrário, deve vir deles a pressão para que a secretaria se mobilize”, afirma.


Seleção

Todos as cidades inscritas devem fazer parte do Mapa do Turismo Brasileiro e, a partir disso, o processo de seleção acontecerá em duas etapas. Eliminatória, a primeira tem como objetivo selecionar até três destinos turísticos por estado e por porte (pequeno, médio e grande - de acordo com a população). A meta é que 79 destinos sejam pré-selecionados a partir de critérios de elegibilidade e qualitativos, descritos em edital. A previsão é que a lista destes pré-selecionados seja divulgada em dezembro deste ano.


Já na segunda etapa, os selecionados passarão por uma avaliação classificatória após enviarem documentação e informações adicionais. A previsão é que o resultado com os 10 selecionados seja divulgado até a primeira quinzena de março de 2023.


Inovação

Para o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, o conceito de destinos turísticos inteligentes traz um olhar inovador para a competitividade dos destinos turísticos no país. “O projeto também reflete alguns dos pilares da Visão 2025 do BID, nosso guia para a recuperação econômica da América Latina e Caribe, como a promoção da economia digital e o apoio aos pequenos negócios, que caracterizam o tecido empresarial do setor”.


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