Esses pontos turísticos fogem do tradicional roteiro de malhas e tricô, que fazem a fama do destino desde 1973, quando o município recebeu, oficialmente, o título de Capital Nacional da Moda Tricot.
Um dos lugares mais visitados é a Praça Prefeito Mário Zucato. O espaço é tomado por diversas espécies de árvores e plantas que foram primorosamente podadas, dando formas a desenhos de bichos como elefantes, aves, coelhos e até dinossauros. Há até filas de turistas para fazer fotos nessa verdadeira obra de arte da jardinagem.
Ainda na praça, turistas moderninhos contrastam com alguns de seus moradores mais antigos, que ainda mantêm as características típicas do interior, como o uso do chapéu de palha. Hospitaleiros e bons de “prosa”, alguns deles mascam fumo enquanto contam seus “causos” e depois vão embora a cavalo pelas ruas movimentadas do centro.
Na praça ainda é possível colocar as crianças para pilotar carrinhos de madeira, para tomar sorvete à moda antiga, naquelas máquinas que transformam líquidos coloridos na guloseima. Nada de carros barulhentos ou rebaixados. Muitos jovens saem com as namoradas pilotando charretes.
E se a ordem é voltar ao tempo, a alguns quarteirões dali, programe uma visita ao Museu Histórico e Geográfico de Monte Sião, que exibe a cultura local e as tradições, em objetos e utensílios de épocas remotas.
Entre os destaques, está a réplica de uma casa feita do mesmo material usado antigamente, técnica de pau a pique, e bonecos de cera representando cenas do cotidiano dos antepassados, além de objetos que eram utilizados para o trabalho.
Conta também com uma réplica de cavernas de Minas Gerais e uma gruta artificial com representação realista, única construída em um museu brasileiro.
Barbearias, farmácias, sapatarias e até um consultório dentário móvel, de 1924, são reproduzidos fielmente com objetos originais de suas respectivas épocas. A primeira máquina de fazer tricô de Monte Sião também está exposta.
Os apaixonados por automobilismo vão vibrar ao se deparar com um caminhão Chevrolet de 1927, de quatro cilindros e 40 cavalos, montado nos Estados Unidos.
Porcelana, tradição e marca registrada
A produção começa com a junção dos quatro minérios necessários para a formação da massa que, ao final, se transformará na porcelana: caulim, feldspato, argila e quartzo. Após a formação de uma matriz, que posteriormente gerará cópias dos produtos a serem produzidos, após 60 horas girando em um gigantesco tambor, a massa é estocada para depois ser reidratada.
As queimas são quinzenais e são utilizadas madeira de reflorestamento. Essa técnica é a única no Brasil. Outra parecida existe apenas na Holanda.
Aproveite também para fazer uma visita às lojinhas que vendem doces típicos mineiros e lembrancinhas. São uma infinidade de produtos como cachaças artesanais, queijos, vinhos e conservas. Em uma das lojas mais tradicionais, a Estação Mineira, 99% dos produtos vendidos são produzidos em Minas Gerais. O proprietário Rodrigo de Castro Ribeiro aproveita os finais de semana livres para rodar o estado em busca de novidades. “Aqui valorizamos tudo o que é produzido em Minas”. O resultado é a oferta de produtos de qualidade, como os queijos da Serra da Canastra e de Alagoa; cachaças artesanais de Salinas e vinhos de Andradas, por exemplo. Além de produtos alimentícios e bebidas, a loja também tem uma infinidade de lembranças, artesanatos, brinquedos e itens para decoração.