Retrô e tecnológico, Festival Steampunk levará elementos do passado ao Centro Histórico de Santos

O evento será realizado no dia 11 de junho, no espaço O Beco, com o tema 'Multiverso a Vapor'

Por: Pedro Porto*  -  29/05/22  -  20:08
O organizador Alexandre Barbosa (à dir.) vê na Cidade cenários ideais para a estética ‘steampunk’
O organizador Alexandre Barbosa (à dir.) vê na Cidade cenários ideais para a estética ‘steampunk’   Foto: Alexandre Barbosa/Arquivo pessoal

Depois de dois anos realizado de forma remota, o Festival Steampunk promete um retorno à altura da expectativa dos fãs. O evento, que será realizado no dia 11 de junho, no espaço O Beco, no Centro Histórico de Santos, vem com o tema 'Multiverso a Vapor'.


Popularizado a partir dos anos 80, na literatura, osteampunk é um subgênero da ficção científica que tem conexão muito forte com elementos do passado, como trens antigos, navios a vapor e piratas, fornecendo ao público um imaginário tecnológico ao mesmo tempo futurista e retrô. No Brasil, essa cultura de nicho passou a interessar cada vez mais aos realizadores de eventos e a um segmento fiel do público.


Entre as atrações desta edição, estão o Pirata Vitu Vitu, que fará brincadeiras para as crianças, junto com a Aliança Pirata. Para os adultos, a pianista Nanci Lopes apresentará uma viagem sonora, assim como a banda de metal melódico Trapézia, que trará músicas sobre várias dimensões.

A Cia. Tribal Beach fará um espetáculo de dança mesclando ritmos e o DJ Lord A, da Rede Vampyrica, vai discotecar com músicas góticas dançantes. A programação termina com um desfile steamplay (um tipo de cosplay steampunk), com premiações para os participantes. O festival inclui, ainda, palestras com especialistas nas áreas de astronomia, literatura, moda e audiovisual.


O Festival Steampunk é realizado desde 2018, e ocorre em parceria com a Secretaria de Cultura de Santos, com apoio da Associação dos Artistas, Escola Técnica Estadual (Centro Paula Souza) e Universidade Católica de Santos (UniSantos). A entrada é franca.


A edição santista foi criada pelo professor, cartunista e publicitário Alexandre Barbosa. Ele teve a ideia de trazer o evento para a cena local, influenciado pelo sucesso que ela fazia no interior de São Paulo. Segundo ele, após tomar conhecimento do festival, em 2014, passou a frequentar o evento assiduamente com a esposa, até que os dois tiveram a ideia de investir no projeto.


Em 2017, eles encontraram o fotógrafo Roberto Strauss, que também queria trazer o evento para a Cidade. “Santos tem construções do século 19 e começo do século 20, o que seria um 'cenário steampunk’ ideal, assim como é a cidade de Paranapiacaba, onde também tem um evento nesse estilo”, diz Barbosa.

Naquele mesmo ano, os três montaram um projeto, que foi apresentado ao então secretário de Turismo Rafael Leal. No ano seguinte, quando ele se tornou secretário de Cultura, o festival foi colocado em prática.


De acordo com Barbosa, o evento volta, mas é preciso começar praticamente do zero, em termos de comunicação, para o público em geral saber o que é o festival, e assim se interessar por ele. “Os fãs estão ávidos para vir a Santos, porque 40% dos participantes não são daqui. São pessoas de várias cidades, como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”.


Para o publicitário, o santista ainda está aprendendo o que é steampunk, e está menos acostumado com o termo do que quem vem de fora. Por esse motivo, a organização aposta em muita música, teatro, dança, quadrinhos e literatura como fatores que podem atrair o público de várias faixas etárias.

“Fizemos, em 2021, um evento online que teve audiência até de pessoas do México e da Inglaterra”, diz Alexandre Barbosa. “Nossa expectativa é grande para o público, este ano, pelo hiato de eventos que todas as cidades sofreram”.


*Reportagem feita como parte do projeto Laboratório de Notícias A Tribuna - UniSantos sob supervisão do professor Eduardo Cavalcanti e do diretor de Conteúdo do Grupo Tribuna, Alexandre Lopes.


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