Preço do Ovo de Páscoa varia até 25% em lojas de Santos

Diferença foi observada em lojas distintas. Consumidores procuram outras opções, como caixa de bombom

Por: Pedro Porto*  -  12/04/22  -  18:38
Atualizado em 13/04/22 - 13:23
Diferença de preços entre os ovos de Páscoa chega a 25% nos supermercados e lojas de Santos
Diferença de preços entre os ovos de Páscoa chega a 25% nos supermercados e lojas de Santos   Foto: Pedro Porto

A Páscoa está chegando, mas para além do simbolismo da data, os preços dos ovos de chocolate assustam o consumidor, assim como a diferença de valores de uma loja para outra em Santos, que chega a 25%.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Em Santos, nas Lojas Americanas do Gonzaga, um dos itens mais populares, o ovo Lacta de 500g, custa R$ 89,90, enquanto no Carrefour o mesmo produto sai a R$ 76,90. O Kinder Ovo de 150g custa o mesmo nos dois supermercados, R$ 71,90, mas em outros lugares chega a valer até R$ 90,00.


“É loucura”, afirma a farmacêutica Jéssica Nunes, 30 anos. Ela diz que o aumento dos preços faz com que sejam consideradas opções aos ovos tradicionais. “Compensa comprar barra de chocolate, porque você pode optar pelo formato mais tradicional, em quantidade maior. Compro ovo só para os meus filhos”.


Para a arquiteta aposentada Cecília Gonçalves, 58 anos, o aumento dos preços “é visível”. Ela também passou a preferir as caixas de bombom como uma opção viável, mas não para as crianças. “Toda criança quer o ovo. Elas buscam justamente o formato do chocolate. É um presente muito simbólico, com o coelho e as pegadas”.


Para os adolescentes, Cecília acredita que não há esse problema. “Caixas de bombom, ou várias barras com sabores diferentes, teriam o mesmo efeito. Para os adolescentes, o que interessa é o chocolate”, comenta.


“Um roubo”

A aposentada Tânia Mara Tinoco, 69 anos, diz que os preços podem ser considerados “um roubo”. “Compro ovos para as crianças todos os anos, e agora estou frustrada porque não conseguirei comprar. Este ano, darei uma caixinha de bombom, ou uma barra de chocolate, para cada criança, e apenas um ovo para o meu neto. Para os outros, não dá”.


Tânia admite que, antes, comprava ovos para toda a família, mas agora eles só vão para as crianças. “A parte simbólica é bem legal, de fazer patinha de coelho com farinha, mas está difícil viver a Páscoa como antes, fazendo uso do simbolismo. Enquanto as crianças sonharem, vamos deixar, porque é legal. É o sonho das crianças versus o consumismo, que ‘corta o barato’”, conclui.


*Reportagem feita como parte do projeto Laboratório de Notícias A Tribuna - UniSantos sob supervisão do professor Eduardo Cavalcanti e do diretor de Conteúdo do Grupo Tribuna, Alexandre Lopes.


Logo A Tribuna
Newsletter