Idoso sofre forte reação alérgica ao colher abricós em árvore de Santos: 'Queimação violenta'

Cláudio Magalhães já havia colhido o fruto outras vezes, mas desta vez ficou com ardor e vermelhidão pelo corpo

Por: Carolina Faccioli  -  09/05/21  -  07:40
 Cláudio Magalhães disse que já consumiu abricós outras vezes
Cláudio Magalhães disse que já consumiu abricós outras vezes   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Durante uma colheita de abricós no Canal 2, em Santos, Cláudio Magalhaes, de 74 anos, levou um susto ao sentir uma reação alérgica imediata, que o deixou com vermelhidão, ardor e coceira pelo corpo.


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O idoso conta que essa não foi a primeira vez a colher os abricós do local, mas foi em nenhuma das outras vezes teve uma reação dessa.


A árvore de abricó-de-praia que Magalhães visitou está localizada ao lado da estátua de Martins Fontes, no bairro do José Menino e conta que a reação ocorreu antes mesmo de comer a fruta, ainda durante a colheita, na quarta-feira (5).


 Magalhães sentiu ardor, coceira e vermelhidão após colher os abricós
Magalhães sentiu ardor, coceira e vermelhidão após colher os abricós   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

"Na hora deu uma queimação violenta, uma dor no corpo. Foi violento e instantâneo", diz.


Após sentir as reações, o professor aposentado se dirigiu até um dos chuveiros da praia para se lavar. O que mais assustou o idoso foi sentir um ardor na vista, pois já teve problemas oftalmológicos, segundo ele.


Como a reação não passou após se lavar, ele decidiu procurar um médico.


Durante o atendimento, o médico explicou que a reação foi gerada por conta de uma seiva produzida pelo fruto, que é gerada em dias de forte sol. Por isso, ao puxar a fruta, a seiva provavelmente respingou no munícipe e ocasionou a reação.


O que também surpreendeu Magalhães foi saber pelo médico que tinha atendido outros dois pacientes assim recentemente.


O idoso recebeu uma injeção após o diagnóstico e ainda fez uso de um medicamento em casa. No entanto, conta que as reações só diminuíram significativamente durante à noite.


Mesmo sem maiores complicações, agora ele teme que outros munícipes tenham o mesmo problema em breve, pois acredita que outras pessoas também não saibam dessa situação. "Eu gostaria de dar esse alerta para as outras pessoas, principalmente crianças".


A dermatologista Carolina Zaparoli explica que Magalhães teve provavelmente uma fitofotodermatose, que ocorre quando algumas frutas ou frutos são expostas ao sol.


"Essas seivas das plantas fazem uma reacao na pele quando tomamos sol, assim como acontece com o limão", diz a especialista.


A condição é uma dermatose que ocorre por uma combinação de contato com planta fotossensibilizante e exposição à radiação solar.


A dermatologista explica ainda que a hidratação da pele ajuda na recuperação e que é preciso atenção para não expor as áreas afetadas ao sol.


“A prevenção é fundamental. Deve-se evitar contato com as plantas e, se isso ocorrer, lavar bem a área com água corrente e sabão neutro”, finaliza a dermatologista.


Em nota, a Prefeitura de Santos informou que não utiliza qualquer tipo de tratamento químico para controle fitossatitario, inclusive na capinação.


Também informam que não recomendam o consumo de frutos nas árvores publicas, pois não há controle ou capacidade de fiscalização pelo poder público de contaminação por fontes externas, recomenda- se o consumo somente de alimentos de origem ou procedência conhecida e seu modo de produção.


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