Reforma da Previdência será buscada no primeiro semestre de 2019, diz Mourão

Vice-presidente eleito disse que é necessário restabelecer o equilíbrio fiscal

Por: Do Estadão Conteúdo  -  29/11/18  -  21:42
Segundo Mourão, desvinculação das receitas da União é uma
Segundo Mourão, desvinculação das receitas da União é uma "grande ideia"   Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ao participar nesta quinta-feira (29), de um evento do setor de infraestrutura, o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, foi questionado sobre qual seria o plano para ampliar os recursos públicos destinados aos investimentos. Ele explicou que, para isso, é necessário restabelecer o equilíbrio fiscal, o que está ligado a reformas "fundamentais".


"Uma delas é a questão da reforma do sistema previdenciário, bismarckiano ainda, que está chegando ao limite da capacidade", afirmou. "Precisamos urgentemente, ao longo do primeiro semestre do ano que vem, aprovar a reforma da Previdência para que possamos ter espaço no Orçamento", explicou.


A outra reforma é a total desvinculação das receitas da União. Segundo Mourão, essa é uma "grande ideia", que precisa passar pelo crivo do Congresso Nacional. Ele informou que, hoje, o Orçamento federal é "engessado", com perto de 90% dos recursos já destinados a áreas específicas. A ideia é acabar com essas regras que predeterminam o uso do dinheiro.


Com isso, explicou, o Legislativo ficará com a tarefa de montar o Orçamento e destinar recursos para áreas importantes como saúde, educação, infraestrutura. "Ou seja, é uma grande responsabilidade que o Legislativo hoje praticamente deixou de ter", comentou.


A volta do equilíbrio fiscal, disse Mourão, aumentará o fluxo de capitais para o País e azeitará os canais de crédito. "Essa é a hora em que as empresas poderão ter acesso a capital novo", disse. Ele acrescentou que há "milhares" de obras paradas, que precisam ser retomadas "com urgência".


"O trabalho não é pouco", reconheceu. "Vai exigir uma articulação enorme com o Congresso." Ele acrescentou que a equipe de governo está "ansiosa" para iniciar o diálogo e confiante que receberá apoio do parlamento.


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