Corrida eleitoral nas cidades da Baixada Santista está a todo vapor

Bastidores políticos da região vivem agitação com telefonemas, trocas de mensagens e reuniões envolvendo pré-candidatos a 2020

Por: Sandro Thadeu & Da Redação &  -  01/09/19  -  17:00
A disputa mais ferrenhas acontece em Santos, com vários pré-candidatos ao Palácio José Bonifácio
A disputa mais ferrenhas acontece em Santos, com vários pré-candidatos ao Palácio José Bonifácio   Foto: Luigi Bongiovanni/ AT

A corrida eleitoral para as eleições municipais do próximo ano já está a todo vapor, ao menos nos bastidores. Essa etapa de preparação é fundamental para os partidos e candidatos terem alguma chance de sucesso no pleito marcado para 4 de outubro de 2020. 


Troca de telefonemas e de mensagens por aplicativos, formação de equipes, participação em reuniões constantes com conhecidos e visitas a caciques partidários fazem parte da rotina dos pré-candidatos e dirigentes partidários em busca de apoios para a campanha que se aproxima.


Nem sempre o cenário esboçado neste momento é o que será confirmado nas convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto de 2020, quando são oficializados os nomes para a disputa do Executivo e do Legislativo.


Nos últimos dias, A Tribuna entrou em contato com dirigentes partidários regionais para trazer um panorama da disputa do próximo ano. Nem todas as legendas deram retorno.


Panorama santista


Reeleito em 2016, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), não pode tentar o terceiro mandato e existe uma grande expectativa de quem receberá o apoio dele. 


Na bolsa de apostas, o nome que aparece mais forte é do secretário de Governo, Rogério Santos (PSDB). Outro nome lembrado é o titular da pasta da Saúde, Fábio Ferraz (PSDB), que está recebendo sondagens de outras siglas para se lançar na disputa pelo Palácio José Bonifácio.


A legenda também tem um nome de peso e que conta com a simpatia do presidente do diretório estadual, Marco Vinholi: o ex-prefeito e ex-deputado federal João Paulo Papa.


Coordenador regional do PP no Litoral Paulista, o deputado estadual Kenny Mendes confirmou que a legenda lançará um candidato a prefeito. Quem? “Ainda não posso falar”, disse.


Porém, a lógica aponta que o nome escolhido seja o do parlamentar, devido ao bom desempenho nas eleições de 2018 – Kenny foi eleito para a Assembleia Legislativa (Alesp) com mais de 117.567 votos, sendo 64.855 só em Santos. Ele entende que o PP crescerá muito nas cidades da região.


Consolidação


O coordenador regional do PSL, o deputado estadual Tenente Coimbra, destaca que a legenda quer se consolidar na região buscando fazer várias cadeiras no Legislativo e conquistando prefeituras. 


O coordenador regional do PT, Alfredo Martins, explica que a prioridade é a eleição dos novos dirigentes do partido, no domingo que vem, e a formação de frentes progressistas para a disputa de 2020.


Outro com grande expectativa é o deputado estadual Caio França (PSB). “A expectativa é das melhores e daremos todas as condições para os nossos candidatos a prefeito vencerem os pleitos”, diz.


O colega de Assembleia Legislativa do socialista e uma das mais importantes lideranças do Patriotas no Estado, Paulo Corrêa Júnior, diz que a meta para 2020 é eleger o maior número de representantes para fortalecer a base.


Os coordenadores regionais do Republicanos (antigo PRB) e do Podemos, Dênis Protázio e Leonardo Tavares, acreditam que as siglas virão fortes.


Conforme o coordenador regional do PTC, Luiz Fernando Lobão, o partido não deverá fazer alianças com legendas de esquerda e pretende atrair o voto de eleitores de perfil conservador e com sentimento patriótico no ano que vem.


Domínio


Os tucanos querem conquistar as nove prefeituras da Baixada Santista no pleito de 2020.Na última votação, em 2016, o PSDB elegeu sete dos nove chefes do Executivo locais.


Contato com os eleitores deve ser retomado


As redes sociais são uma importante ferramenta para os políticos no mundo atual. No entanto, o diretor do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, Política e Estatística (Ibespe), Marcelo Di Giuseppe, entende que os candidatos precisam voltar a ter contato físico com os eleitores.


“O conforto de achar que há uma ligação com o cidadão por causa de um vídeo é ruim para todos. Não é correto dispensar as redes sociais, porém tê-las sem conteúdo, sem periodicidade ou achar que elas salvarão sua eleição, está errado”.


Para o advogado, cientista político e professor da Universidade Metodista, Tunico Vieira, as redes sociais representam um caminho sem volta. No entanto, acredita que o horário eleitoral na TV ajuda a repercutir o que acontece nas outras plataformas.


“Uma mídia puxa a outra. Com criatividade das equipes de comunicação, a TV será mais um veículo de divulgação que fortalece as redes sociais. Ao contrário da TV, as redes sociais têm sido utilizadas para desconstruir a imagem das pessoas”.


Por dentro do cenário regional


Bertioga


Além do prefeito Caio Matheus (PSDB), que tentará a reeleição, o Município já conta com outros pré-candidatos: o ex-prefeito Mauro Orlandini (sem partido, mas recebendo sondagens de siglas), o servidor Kaled Ali El Malat (DC) e os vereadores Silvio Magalhães (PSB) e Valéria Bento (MDB).


Cubatão


Ademário Oliveira (PSDB) tentará a recondução do cargo, mas deverá ter vários adversários, como o vereador Toninho Vieira (PSDB, mas apalavrado para ir ao PP), o ex-presidente da Câmara Wagner Moura (PRB), Sira da Silva (PMB), o ex-parlamentar Doda (PROS), o atual vice-prefeito Pedro de Sá Filho (PTB), o ex-vereador Luiz Rosa (PDT), o vereador Ivan Hildebrando (PSB), Adalberto Ferreira (Pode) e Valter Pinheiro (DEM). O atual chefe do Legislativo, Fábio Roxinho (MDB), é uma aposta do partido para o Executivo. O Cidadania vê com bons olhos a possibilidade do vereador Sérgio Calçados concorrer. PT, PDT, PSOL e PSTU devem lançar candidatos também.


Guarujá


O prefeito Válter Suman (PSB) quer ser reconduzido ao cargo por mais quatro anos e poderá ter como opositores o empresário Sandro Mastellari (PSDB), o ex-vereador Gilberto Benzi (PL), o professor Cláudio Fernando de Aguiar (que pretende sair candidato pelo NOVO), o professor Valter Batista (REDE) e Luiz Rogério Corrêa Augusto Júnior, o Dedé da Adélia (PATRI).


Itanhaém 


O prefeito Marco Aurélio Gomes (PSDB) deverá apoiar o atual vice-prefeito Tiago Cervantes (PSDB). Outros nomes estão de olho nessa vaga, como os vereadores Hugo Di Lallo (Cidadania) e Peterson Gonzaga (DEM), a empresária Cris Forssell (PODE), o ex-presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo Marcelo Strama (PSB), Fabiano Gregório (PT), Capitão Galvão e Sevilha (ambos do PSL)


Mongaguá


O prefeito Márcio Cabeça (PRB), tentará a reeleição. Os possíveis concorrentes dele são Renato Donato (PSB), Rodrigo Casa Branca (PSDB), André Bahia (PTC), Júlio da Imobiliária (PSL) e Coronel Argeu (PSL), o vereador Alex Marcelo do Santos, o Professor Alex (PODE) e o ex-gerente regional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Rafael Redó (DEM).


Peruíbe


O prefeito Luiz Maurício (PSDB) pretende ficar no cargo por mais quatro anos, mas, para atingir esse objetivo, deverá enfrentar alguns adversários na ruas. Os nomes mais prováveis são: a vereadora Milena Bargieri ou ex-prefeito Gilson Bargieri (ambos do PSB), Cabo Anderson (PSL), o ex-vice-prefeito Nelson do Posto (PL), Kaio Lima (PRB) e o ex-vereador Alex Matos (PATRI). O presidente do diretório municipal do PT e ex-vereador Ricardo Corrêa colocou o nome à disposição e está disposto a criar uma frente de esquerda na Cidade.


Praia Grande


Os possíveis concorrentes ao Executivo são: o vereador Reco (SD), o chefe de gabinete do prefeito Alberto Mourão, Anderson Mendes, a vereadora Janaina Ballaris (hoje no PT, mas vai migrar para o PL), o ex-vice-prefeito Alexandre Cunha (PRB), o ex-vereador Carlos Karan (Pode), o advogado Marco Antonio de Souza (PSB), Major PM Moriki (PTC), o vereador Alexandre Comin (PTB), Danilo Morgado (PSL) e o médico Manoel Nunes Cardoso Neto (sem partido). O MDB tem três fortes nomes para entrar na disputa, segundo o diretório estadual: a vice-prefeita Maura Lígia, além dos vereadores Betinho, e Eduardo Xavier. PT e PSOL devem ter candidaturas próprias. 


Santos


O PSDB pode lançar o ex-prefeito e ex-deputado federal João Paulo Papa para a corrida ao Palácio José Bonifácio. Entre os nomes mais próximos do atual chefe do Executivo, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), o secretário de Governo, Rogério Santos (PSDB), aparece como favorito. O titular da pasta da Saúde, Fábio Ferraz (PSDB), seria outra opção e recebeu proposta de outros partidos. Outros nomes que podem pintar como candidatos: o vice-prefeito Sandoval Soares (sem partido, mas apalavrado com o DEM), os deputados federais Rosana Valle (PSB) e Júnior Bozzella (PSL), o ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo Ivan Sartori (PSD), o deputado estadual Kenny Mendes (PP), o vereador Antonio Carlos Banha Joaquim (MDB), o ex-vereador Marcelo Del Bosco (Cidadania), Luiz Fernando Lobão (PTC – ele foi um dos organizadores das manifestações contra o PT e favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff) e o empreendedor social e professor Guilherme Prado (PSOL). O Novo abriu um processo seletivo para os interessados em concorrer ao cargo de prefeito. Outros partidos também têm interesse em ter candidaturas próprias no ano que vem, como Republicanos (antigo PRB), PT, PDT, PCdoB, PV, PSTU e PMN.


São Vicente


O prefeito Pedro Gouvêa (MDB) deverá ter os seguintes adversários no pleito do próximo ano: Kayo Amado (PODE), Luis Cláudio Bili (sem partido), a advogada Michelle Tizziani (PSD, mas que deve migrar para outra sigla), a médica Mônica Batalha Prado (PSL), o advogado Eduardo Kliman (sem partido), Luiz Carlos Gianelli (PSD) e o vereador Higor Ferreira (PSDB). Existe na Cidade uma frente formada por PT, PSOL e PCdoB que pode resultar no lançamento de uma única candidatura


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